Veículos leves: mercado cresceu 14,2%; Fiat dominou

 

Por: Renato Ferraz

Pelo menos 2,5 milhões de unidades de automóveis e comerciais leves (do tipo picape Strada, por exemplo) foram vendidas em 2024, garantindo uma alta de 14,2% sobre o ano anterior. As vendas diretas responderam por 45% dos licenciamentos. O varejo, claro, ficou com os 55% restantes. Vale destacar o comércio de eletrificados (elétricos e híbridos), com 174,7 mil veículos – ou 7% do total – vendidos, ou 87,5% sobre as 93,2 mil unidades do ano anterior. Fiat, Volkswagen e General Motors mantiveram em 2024 as três primeiras posições no ranking das marcas mais emplacadas em 2024. A Hyundai, por sua vez, subiu da quinta para a quarta posição, fazendo uma inversão com a Toyota. A Renault garantiu o sexto – e a Jeep, o sétimo lugar.

Já a Honda passou da décima para a oitava colocação e a Nissan caiu para o nono lugar. A chinesa BYD manteve as expectativas do mercado, ultrapassou a Peugeot e ficou entre as 10. Ela alcançou 87,5 mil emplacamentos, com 3,1% de participação no mercado. A picapinha Strada foi o modelo mais vendido no Brasil pelo quarto ano consecutivo, com 144,7 mil licenciamentos.

Além disso, a Fiat – pertencente ao grupo Stellantis – também festeja o fato de ser a única marca a ter três representantes no ranking dos 10 automóveis e comerciais leves mais negociados, com o hatch Argo (91,1 mil) e o compacto Mobi (67,4 mil). O Volkswagen Polo foi o segundo mais emplacado, com 140,2 mil unidades.

Confira os dez modelos mais vendidos:

  1. Fiat Strada – 144.690
  2. Volkswagen Polo – 140.185
  3. Chevrolet Onix – 97.506
  4. Hyundai HB20 – 97.081
  5. Fiat Argo – 91.144
  6. Volkswagen T-Cross – 83.995
  7. Chevrolet Tracker – 69.433
  8. Hyundai Creta – 69.122
  9. Fiat Mobi – 67.390
  10. Nissan Kicks – 60.464

Quem se deu bem no mercado de motos – O comércio de motocicletas 0km em 2024 registrou bons números. Foram emplacadas 1,9 milhão de unidades, segundo a Fenabrave, a federação dos revendedores. Isso garantiu um crescimento de 18,6% em relação a 2023. É o maior percentual desde 2021. O presidente da Fenabrave, Arcelio Júnior, acha que se não fossem problemas de seca no Amazonas e a falta de alguns insumos, os números de vendas teriam sido bem melhores. A Honda Motos, maior do país em vendas, registrou em 2024 um crescimento de 12% nos emplacamentos, com mais de 1,3 milhão de motocicletas entre janeiro e dezembro. É o terceiro ano seguido em que a Honda registra mais de um milhão de motocicletas emplacadas em um ano.  A marca segue como líder do mercado de motocicletas no país e no mês de abril de 2024 registrou o maior número de emplacamentos mensais, com 121.311 unidades, superando o recorde anterior, que era de 119.322, em maio de 2012. Para o consumo de modelos de baixa cilindrada, usados por mototaxistas e motofretistas, o destaque foi a linha CG 160, com mais de 429 mil unidades, ou 33%, vendidas. A Biz ficou em segundo lugar, com 278 mil unidades. A indiana Bajaj, por sua vez, que tem apenas dois anos de Brasil, emplacou 11.087 unidades da linha Dominar – o que representa mais de 180% de crescimento em relação ao ano anterior. No total desde o início das vendas no Brasil, em dezembro de 2022, mais de 15.000 unidades dos modelos Dominar 160, Dominar 200, Dominar 250 e Dominar 400 chegaram às ruas. Em dezembro, por exemplo, a Bajaj alcançou pela primeira vez a 5ª posição no ranking do mercado brasileiro.

Veja as 10 motos mais vendidas: 

  1. Honda CG 160 – 428.126
  2. Honda Biz – 278.350
  3. Honda Pop 110i –  169.940;
  4. Honda NXR 160 Bros – 155.055
  5. Honda CB300F – 60.197
  6. Honda PCX 160 – 55.067;
  7. Mottu Sport 110 – 52.761
  8. Yamaha YBR 150 – 50.325
  9. Yamaha XTZ 250 – 46.490
  10. Yamaha Fazer 250 – 46.407

Fiado em alta – O comércio financiado de veículos totalizou 7,2 milhões de unidades no acumulado de 2024, com alta de 20,4% em relação ao ano anterior, segundo dados da B3. O resultado equivale a um incremento de 1,22 milhão de unidades, entre novas e usadas, incluindo autos leves, pesados e motos em todo o país. Somente em dezembro, o volume total de financiamentos aumentou 7,3% no comparativo anual, alcançando 614 mil unidades – o melhor resultado visto no último mês do ano desde dezembro de 2014, quando ficou em 625 mil unidades. No segmento de autos e comerciais leves, os financiamentos avançaram 19% no ano passado, frente a 2023. Na mesma base comparativa, houve crescimento de 13,8% nas operações envolvendo veículos pesados e 25% nas de motos.

Novo AMG G63 no Brasil – A nova geração do utilitários esportivo Mercedes-AMG G63 desembarcou no país para manter a tradição de destaque nesse segmento de alto luxo dos fora-de-estrada. O modelo foi lançado, aliás, em 1979. O novo Mercedes-AMG G 63 vem com motor V8 biturbo 4.0 com 585 cv e um torque de 86,7 kgfm. Nesta nova versão, ganhou um propulsor elétrico de 48 Volts e um gerador de partida integrado (ISG), que garantem 20 cv e 20.4 kgfm de torque adicionais. Faz de 0km/h a 100km/h em apenas 4,4 segundos, com velocidade máxima declarada é de 220 km/h. Fora isso, haja equipamentos para garantir força e robustez, como suspensão com estabilização ativa e hidráulica de rolagem e amortecimento ajustável adaptativo.

E mais: elementos hidráulicos ativos substituem os convencionais estabilizadores mecânicos transversais e os amortecedores adaptativos são equipados com duas conexões hidráulicas – uma para as fases de compressão e outra para as fases de retorno do amortecedor. Bem, tudo isso resulta num aumento significativo na tração, capacidade de subida e conforto off-road, além de reduzir o desgaste tanto do veículo quanto do condutor. A transmissão AMG de nove velocidades, dependendo do programa de condução selecionado, permite trocas de marchas esportivas e rápidas ou confortáveis e praticamente imperceptíveis. Preço? R$ 1.989.900.

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