PSDB tem conversas avançadas para fusão ou incorporação com o PSD e deve definir futuro até março
Negociações com o MDB também estão na pauta do partido
“Primeiro, estamos fazendo várias tratativas internas. Decidimos que agora em fevereiro vamos mergulhar nessa discussão e, paralelamente, vamos conversar com outros atores que querem se aliar com a gente. Em março, a gente deve anunciar uma solução”, disse Perillo. Além de uma fusão ou incorporação com o PSD, existe também a possibilidade de uma negociação com o MDB, de onde o partido nasceu em 1989.
Na federação com o Cidadania, o PSDB acumulou conflitos durante as eleições municipais de 2024. No Rio de Janeiro, por exemplo, os tucanos apoiaram Marcelo Queiroz (PP), enquanto o Cidadania fez campanha para o prefeito Eduardo Paes (PSD). Caso o partido opte por fazer uma nova federação, Podemos e Solidariedade aparecem como opções.
Uma das condições que o PSDB estaria colocando nas negociações seria o anúncio do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), como pré-candidato à Presidência. Marconi Perillo nega a informação, mas, nos bastidores, aliados de Leite afirmam que o governador estaria disposto a “entrar na fila” dos presidenciáveis sem rifar concorrências.
A possibilidade de uma aliança com o PSD gera controvérsia entre os tucanos. O partido de Gilberto Kassab faz parte da base aliada do presidente Lula (PT) e conta com três ministérios no governo: Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura) e André de Paula (Pesca). Além disso, a sigla também faz parte da base aliada do governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), cotado como presidenciável.
Mesmo com seu tamanho reduzido, o PSDB busca preservar sua identidade e sua história. Atualmente, o partido conta com três governadores, Eduardo Leite (RS), Raquel Lyra (PE) e Eduardo Riedel (MS) e 10 deputados. Por outro lado, o PSD atraiu diversos quadros tucanos, sobretudo em São Paulo, nos anos recentes.
No entanto, um acordo com outro partido é considerado fundamental, já que as eleições de 2026 devem dificultar ainda mais a sobrevivência de partidos menores, já que a cláusula de barreira passa a exigir a eleição de 13 deputados federais ou 2,5% dos votos válidos para Câmara e 1,5% em pelo menos nove estados.