Selena Gomez chora por deportações de imigrantes nos EUA e em seguida senador ameaça deportá-la também
Com a posse de Trump, processo de deportação no país está sendo acelerado
Por: Anna Luiza Santos
Selena Gomez Crédito: Reprodução
A cantora pop Selena Gomez usou as suas redes sociais na manhã desta segunda (27) para publicar um vídeo em que aparece emocionada ao falar sobre o aumento do número de deportações feitas pelos Estados Unidos desde a posse do presidente Donald Trump, no último dia 20.
Selena é filha de pai mexicano e demonstrou como ficou comovida com as políticas anti-imigração dos EUA. “Todo meu povo está sendo atacado. As crianças, eu não entendo. Me perdoem”, diz Selena. “Queria poder fazer algo, mas eu não posso. Eu não sei o que fazer. Eu vou tentar de tudo. Prometo”, completou.
O vídeo, no entanto, foi apagado poucos minutos depois de postado, após receber centenas de críticas de seguidores republicanos. No lugar, Selena Gomez postou um story com fundo preto com a legenda: “Aparentemente não é ok demonstrar empatia pelas pessoas”.
Logo em seguida, o senador republicano Sam Parker ameaçou iniciar um processo para deportar a artista também. Nas redes sociais, o político acusou Selena de ter “escolhido” imigrantes à cidadãos americanos e foi direto: “Deportem Selena Gomez”.
Do dia 20 de janeiro até a última sexta-feira, 24, o governo de Donald Trump tinha anunciado a prisão e deportação de 538 imigrantes que estavam em situação ilegal nos Estados Unidos. No entanto, o mandatário já determinou que este número precisa aumentar. De acordo com fonte ouvida pelo jornal americano The Washington Post, o presidente está “decepcionado” com os resultados da campanha de deportação em massa e quer aumentar de centenas para 1,2 a 1,5 mil prisões por dia.
Na última sexta (24) chegou no Brasil um avião com 138 imigrantes deportados, no qual 88 eram brasileiros. Os passageiros chegaram em situação crítica, algemados e acorrentados, gerando indignação nos internautas e no Itamaraty. Os EUA receberam as preocupações do Brasil em relação à questão, mas justificam que se trata de uma questão de segurança, com o objetivo de “evitar brigas durante o voo” ou um sequestro do avião.