Justiça Federal condena Sikêra Jr a pagar R$ 300 mil por homofobia

Em junho de 2021, o apresentador, na época, à frente do programa Alerta Nacional, fez comentários homofóbicos contra a comunidade LGBTQIAPN+

Por Redação

Na época, Sikêra Jr fez duras críticas ao comercial da Burger King, que abordava diversidade
Na época, Sikêra Jr fez duras críticas ao comercial da Burger King, que abordava diversidade – 
A Justiça Federal de Porto Alegre condenou o apresentador Sikêra Jr e a RedeTV! a pagar R$ 300 mil em um caso de homofobia ao vivo na emissora. Em junho de 2021, o apresentador, na época, à frente do programa Alerta Nacional, fez comentários homofóbicos contra a comunidade LGBTQIAPN+.

Na época, Sikêra Jr fez duras críticas ao comercial da Burger King, rede de fast food especializada em lanches, que fez um material sobre diversidade.

“Vocês são nojentos. A gente está calado, engolindo essa raça desgraçada, mas vai chegar um momento que vamos ter que fazer um barulho maior. Deixa a criança crescer, brincar, descobrir por ela mesma. O comercial é podre, nojento. Isso não é conversa para criança”, declarou.

A juíza federal Ingrid Schroder Sliwka, da 5ª Vara Federal de Porto Alegre foi a responsável pela condenação. Ela concorda que Sikêra Júnior e a Rede TV! ultrapassaram o limite do aceitável e que o apresentador promoveu discriminação, preconceito, extigmatização e exclusão de uma minoria

Em novembro de 2024, o apresentador foi condenado por discurso de ódio em relação aos LGBTQIAPN+. No processo realizado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), a 8ª Vara Criminal da Comarca de Manaus atendeu ao pedido do Ministério Público do Amazonas (MPAM), que denunciou em 2021 uma prática contra o grupo, mais uma vez, durante um programa televisivo.

Por essa condenação, Sikêra Júnior recebeu dois anos de prisão em regime aberto. No entanto, ele conseguiu reverter a sanção para apenas se recolher domiciliar à noite e prestar serviço à comunidade.

Nesta condenação, o valor da condenação será destinado ao Fundo Federal de Defesa dos Direitos Difusos e ordenou que a emissora retire do ar o vídeo com as ofensas.

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