Mais um capítulo da crise na educação de Pernambuco na gestão da governadora Raquel Lyra (PSDB). Não é de hoje que a população assiste, atônita, os desmandos da pasta e hoje o blog teve acesso a mais um documento que mostra a incompetência em gerir uma área tão importante para população. Desde o dia 26 de dezembro, o então secretário executivo de Administração e Finanças, Gilson Monteiro Filho, que atualmente responde interinamente pela SEE e é ligadíssimo à Raquel Lyra, foi alertado sobre a necessidade de dar início a centenas de processos licitatórios envolvendo as mais diversas áreas, entre elas, a tão falada merenda escola.
Mesmo ciente da necessidade de fazer contratações substitutas ou novas contratações, a pasta segue inerte aos prazos. Vale destacar que, somente para gêneros alimentícios, os contratos existentes no comunicado interno enviado à Gilson Monteiro Filho, somam R$ 703.508.890,00 (Setecentos e três milhões, quinhentos e oito mil e oitocentos e noventa reais).
Entre eles, um novo contrato de alimentação terceirizada, no valor de R$ 383.982.614,40 (que representa mais de 50% do montante total), com data prevista de contratação no dia 06 de janeiro de 2025. Contudo, não há registros de que o processo tenha tido andamento. O que se sabe, até o momento, é da publicação de um processo de cotação de preços, com finalidade de promover uma contratação por dispensa de licitação, o que ainda não ocorreu.
Vale reforçar que o início do ano letivo está previsto para o próximo dia 05 de fevereiro. No início deste mês, o blog revelou que foi adiada, sem prazo para retomada, uma licitação para os “Kits de material escolar para os (as) discentes da educação básica da rede pública estadual de ensino para o ano letivo de 2025”. Assim, os alunos da rede estadual poderão ficar sem o material escolar na volta às aulas. A licitação estava estimada em R$ 58.201.397,6138 (cinquenta e oito milhões, duzentos e um mil, trezentos e noventa e sete reais e sessenta e um centavos).
Somado a todo esse caos, o fato de Pernambuco ainda não contar com um secretário titular na pasta da Educação após a saída de Alexandre Schneider, que alegou “valores inegociáveis, pessoal e profissionalmente” entre as razões por trás da saída.