João Sereno circula a Bahia com as Rodas de São Gonçalo do Amarante

 

Selecionado em Edital de Música da Secretaria de Cultura da Bahia, o cantor, compositor e músico João Sereno realiza em março a circulação do show “João Sereno e a música das Rodas de São Gonçalo de Amarante” pelas cidades de Salvador (Teatro Jorge Amado, 19 de março, às 20:30h), Vitória da Conquista (Teatro Glauber Rocha – Uesb, dia 20 de março, às 20h), Santo Amaro (Teatro Dona Canô, dia 21 de março, às 20h), Uauá (Concha Acústica da Praça do Conselheiro, 23 de março, às 17h.

O show nasceu da busca do artista por uma nova sonoridade, encontrada na música das “Rodas de São Gonçalo de Amarante” – folguedo popular da região de Juazeiro e Petrolina – como base para esta nova batida. Assim, João Sereno criou sua nova sonoridade, da música de São Gonçalo caracterizada por compassos ternários fundida com elementos universais recheada de divisões e batidas em contratempo, resultando em uma música rica, alegre, percussiva para dançar e celebrar a vida.

Acompanhado por uma banda formada por sanfona, contrabaixo, bateria, guitarra, 03 percussões, e uma flauta/sax, as apresentações contam ainda com um conjunto de dança (01 homem e 02 mulheres) apresentando os passos típicos da dança de São Gonçalo, tradição cultural das comunidades ribeirinhas do Vale do São Francisco, tema da pesquisa musical que João Sereno desenvolve.

Com cerca de uma hora e meia de duração, em cada show João Sereno apresentará cerca de 15 canções, todas de sua autoria ou em parceria, incluindo alguns dos seus sucessos já gravados por grandes nomes da música popular brasileira, como Dominguinhos, Targino Gondim e Adelmário Coelho.

Todas as apresentações são de classificação livre para todos os públicos e os ingressos serão trocados voluntariamente por um quilo de alimento.

Sobre o artista

João Sereno é reconhecidamente um mestre do ritmo da região do Vale do São Francisco. Natural de Juazeiro, é inventor de um ritmo em princípio chamado de SomGon. Porém, João Sereno prefere que o nome nasça através da sabedoria popular, deixando o povo encarregado de dar o nome à sua criação. SomGon é um ritmo dançante e alegre em compasso ternário.

Na busca de uma nova sonoridade, encontrou na música das “Rodas de São Gonçalo de Amarante” – folguedo popular da região de Juazeiro e Petrolina – a base para a nova batida. O SomGon nasce da música de São Gonçalo caracterizada por compassos ternários fundida com elementos universais recheada de divisões e batidas em contratempo, resultando em uma música rica, alegre, percussiva para dançar e celebrar a vida. “No folguedo é uma ou duas violas e dois pandeiros que fazem o som. Eu acrescentei guitarra, baixo, bateria e sopro, dando uma batida nova, batizada de SomGon”, explica.

Em Juazeiro da Bahia as rodas – duas filas de dançarinos, homens e mulheres, lado a lado, mais o guia dançam os passos: Trancelim, trocado, roda viva, peru, meia lua e outros – de São Gonçalo são comuns como pagamento de promessas. “O doente se pega com o santo, fica bom, então paga as rodas”, conta Dona Marieta da Piranga devota do santo, que conclui dizendo que a festa é regada a comida farta – carne, verdura, macarrão, buchada de bode e feijão – acompanhada de aluá, uma espécie de garapa a base de milho, abacaxi, melaço de rapadura, erva doce e cravo, cozidos, ficam de infusão de um dia para o outro.

A coreógrafa Gícia Mazda – Petrolina – recriou modernamente a roda de São Gonçalo, onde homens e mulheres em movimentos gregários dançam alegre e harmoniosamente nas festas, nas ruas, sem violência.

João é um músico virtuoso, um compositor disputado, um interprete sensível e um profundo conhecedor da cultura popular do Vale do São Francisco. Já dividiu palco com grandes nomes da música brasileira: Hermeto Paschoal, Dominguinhos, Sivuca, Xangai e mais um bocado de gente. Retira da alma suas canções. Artista de grande capacidade musical consegue ser popular e sofisticado ao mesmo tempo. Domina como poucos as divisões e contratempos ao melhor estilo de Jackson do Pandeiro e como é filho de Juazeiro da Bahia bebeu da mesma fonte que João Gilberto. Além de bom músico, altamente criativo, João Sereno é um exímio compositor, tendo canções gravadas por Dominguinhos, Adelmário Coelho, Nadia Maia, Maciel Melo, Virgilio, Eugênio Cerqueira, Banda Flor Serena, Banda Sarapatel com Pimenta, entre muitos outros.

Showman, dono de um humor refinado, João Sereno é capaz de fazer qualquer platéia rir dos casos que vivenciou ao longo de sua carreira. Tem cinco discos: Sem rótulo (gravado enquanto ainda fazia hemodiálise), Fazendo forró, Intenso, João Sereno e convidados e Somgon. Já tocou na França e na Itália, além de rodar pelo Brasil.

“João, nunca ninguém cantou uma canção minha assim, prá mim – em contratempo – como você fez agora. Minha mãe adorou” (CAETENO VELOSO, 2006).

“O canto de João Sereno remete a Jackson do Pandeiro” (LAURA DANTAS – Jornal A Tarde – 10.11.2007).

As apresentações contam com o apoio financeiro da Fundação Cultural do Estado da Baia, Secretaria de Cultura, Secretaria da Fazenda, Governo da Bahia.

Contatos – Antonio Nykiel – 71 9361 0345 / [email protected]

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