Vaiados em 2013, Dilma e Blatter não farão discurso na Copa
Depois de constrangimento na abertura da Copa das Confederações, presidentes do Brasil e da Fifa mudaram planos para evitar nova saia-justa
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou nesta terça-feira à agência de notícias alemã DPA que ele e a presidente Dilma Rousseff não farão discursos na abertura da Copa do Mundo, no dia 12 de junho, no Itaquerão, em São Paulo. Em junho de 2013, eles foram vaiados na estreia da Copa das Confederações, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, e Blatter chegou a pedirfair play aos torcedores. O cartola também garantiu que vai permanecer no Brasil durante toda a competição: no torneio do ano passado, Blatter deixou o país e foi acusado de fugir das manifestações que tomaram as ruas e os entornos dos estádios.
Apesar da possibilidade de eclodir diversos protestos anti-Copa durante o torneio, Blatter não tem dúvidas sobre o sucesso da competição. Para ele, os estádios estarão prontos a tempo para o Mundial – três das doze arenas ainda não foram inauguradas: Itaquerão (São Paulo), Arena Pantanal (Cuiabá) e Arena da Baixada (Curitiba). “Os estádios vão funcionar. Esta não é a minha primeira Copa do Mundo.” O presidente da Fifa também citou o “fanatismo de 200 milhões de brasileiros” como argumento para o trunfo da Copa.
Blatter também afirmou que a candidatura dos países para sediar uma Copa será melhor avaliada. Segundo ele, um dos principais pontos a ser discutido nos próximos congressos da Fifa será a situação dos direitos humanos nos países candidatos. A escolha da sede de 2022, no Catar – alvo de diversas manifestações contra a corrupção e trabalho escravo nas obras para os estádios – foi muito criticada. “Agora não podemos mudar nenhum plano das próximas Copas.”
Fonte: Veja