Wagner? Nunca mais! PT Saudações
Da Redação
Os Professores da Rede Estadual da Bahia realizaram na sexta Feira (04) na Praça da Misericórdia, centro de Juazeiro, Bahia, mais uma Assembléia sob o comando da APLB Sindicato. Durante o evento a categoria decidiu pela aprovação de três propostas, a 1ª: pedir o apoio da Câmara de Vereadores através da realização de uma Sessão Especial para cobrar dos edis uma posição dos mesmos com relação à greve; a 2ª: Elaborar um Abaixo Assinado contendo pedido de apoio da população para a retirada dos Projetos de Lei nº 19.778/2012 e nº 19.779/2012 os quais são nocivos a carreira do professorado baianos; e a última proposta é a de continuar mobilizando os professores para a continuidade da greve.
“Na nossa área de cobertura todos estão em greve e nós não queríamos está na greve, o problema é que o Governador está levando a greve, quando agente fala com o ele sobre o acordo que não foi cumpriu, ele vem com ironia em dizer de onde vai tirar dinheiro”, lamenta o diretor da APLB Antonio Carlos.
Segundo ele, o Governador Jaques Wagner tem o dinheiro do FUNDEB que poderia ser usados para cobrir todas as despesas. “Sabemos que o dinheiro do FUNDEB dar para cobrir todas as despesas, ele não utiliza o dinheiro porque não quer. Juazeiro concedeu 23% a todos os professores da educação básica, conseguimos um reajuste maior do que as outras cidades. O governo da Bahia não respeita os trabalhadores, ele precisa assumir a responsabilidade com os professores da Bahia”, alfineta.
De acordo com a professora Antonieta Araújo, o movimento grevista vem se arrastando há 26 dias e até o momento não houve nenhuma conversa com o governador, pois o mesmo não quer dialogar. “Ele se nega a dialogar, muito embora ele esteja dizendo publicamente que está aberto ao diálogo, mas se ele estivesse aberto ao diálogo já teria chamado o sindicato para negociação. Queremos somente que ele cumpra o acordo firmado dos 22,22% para nível superior e retire o projeto 778 que transforma em subsidio a remuneração do professor não licenciado”.
A professora diz ainda que a greve é um direito assegurado pela constituição. “Se a constituição nos garante esse direito de lutarmos através das greves, por que cortar o ponto se é um direito nosso. O MEC diz que os alunos têm direito a 200 dias de aula no ano letivo, se ele cortou o ponto nós não temos obrigação nenhuma de repor, portanto vai inviabilizar o ano letivo de 2012 e prejudicar os alunos”.
Na ocasião, Antonieta diz está surpresa com a atitude do governador. “Houve uma surpresa, uma pessoa que se diz sindicalista está fazendo isso, ele já criticou vários governos e hoje ele vem com atitude totalmente contrária a que ele disse, sem dúvida ele é um traidor, um tirano desajustado”. Ela acrescenta que com a folha de ponto cortada, os professores estão impossibilitados de honrar os seus compromissos.“Ele está impedindo os professores de honrar os seus compromissos, além disso, o governador mandou bloquear o credcesta e o crédito consignado deixando os professores sem condições de comprar alimentos e de honrar com seus compromissos”.
Por outro lado, o Diretor da APLB afirma que o governo Jaques Wagner demonstrou ser desastrado nas suas ações. “Ele está fazendo uma tática nazista de governar, até porque quando você governa e tenta impedir o corte de salários, o credcesta e o consignado você usa a tática do medo de demitir os professores, quando na verdade que tem que se demitido é o governador”.
Questionado sobre quem paga melhor a categoria, se é o município ou o estado, Antonio fez os seguintes esclarecimentos. “Há cerca de 4 anos atrás o salário do governo do estado era 2 vezes maior do que o município, em alguns casos o município está próximo e outros casos o valor supera”. Com relação se existe uma perseguição do governo estadual para com os professores, o diretor foi direto.
“Entendemos que existe uma pressão, inclusive foi feita uma reunião na DIREC com os diretores com intuído dos mesmos ameaçarem os professores para retornar as suas atividades, além disso, eles já enviaram as faltas de quem está na greve. Com certeza essa é uma atitude desesperada do governo do estado, votei no governo petista e caminhei diversas vezes para acabar com o caos na Bahia e hoje estou decepcionado e não voto mas em Wagner”, concluiu.