Professores decidem continuar greve em Juazeiro
Da Redação
Em Assembléia realizada na última segunda-feira (30), no auditório da APLB – Maria de Lurdes Dias Teixeira, professores decidiram continuar a greve em Juazeiro. A greve da educação na rede estadual já ultrapassa vários dias, sem solução por parte do Governo cujo Projeto de Lei 19.779/2012, foi aprovado pela Assembléia Legislativa e destrói com a carreira do professor baiano. Segundo a ex-presidente da APLB Antonieta Araújo a paralisação vai continuar por tempo indeterminado.
“Não podemos baixar a cabeça e nem voltar agora porque cortaram o nosso salário não, cada vez mais a greve deve se manter firme e forte. Vamos à luta que ela continua”. Já o Diretor do Colégio Estadual Polivalente Paulo Targino disse que estava indignado com a radicalização do Governador Jaques Wagner (PT) quando autorizou o corte dos salários na folha de pagamento do mês de abril dos professores grevistas.
“O governador Wagner é filho de judeu, ele já participou de movimentos sindicais e hoje toma essa atitude de perseguir os trabalhadores. Estamos lutando e sem dúvida precisamos analisar a vinda de cada político para poder darmos o nosso voto e fazer o trabalho de conscientização, desde o vereador até o presidente. Eu como diretor da escola não mandei as faltas dos meus colegas, pois seria uma covardia minha fazer isso porque defendo as lutas dos trabalhadores. Se eles quiserem me exonerar podem exonerar”, disse o diretor.
Por sua vez, o Professor Antonio Carlos, Diretor da APLB, se pronunciou ratificando também o compromisso do sindicato de continuar com a luta, inclusive, oferecendo toda a logística para que o movimento continue firme e forte. “Esse é o momento chave para a greve. Se o tribunal disser que a greve é ilegal, vamos para o supremo. É uma obrigação nossa segurar a greve, se abrirmos mão vamos termina o governo de Wagner pagando para trabalhar e não queremos isso. O maior prejudicado nesse contexto é o professor porque não pode comprar uma bicicleta, nem uma roupa melhor porque o governo não está nem aí. Wagner não vai valorizar a educação porque ele é passageiro na historia, passou os 4 anos de governo já era”, desabafou.
Por outro lado, o diretor da APLB disse que o Governo Wagner não respeita a categoria. “O professor é o mais desapegado das questões materiais, alguns estão em sala de aula ganhando salários de R$ 500 reais, com isso é preciso ter muito amor a essa causa. O governador diz que está à disposição da categoria, mas não vem conversar com a categoria, ele coloca os seus assessores e quando os mesmos decidem o governador discorda. Esse governo não respeita os trabalhadores”.
No decorrer da reunião foi colocada em votação e aprovada por unanimidade uma proposta de mais uma vez realizar manifestação em praça pública em protesto ao Governo Wagner e aos deputados que votaram contra os trabalhadores da Educação do Estado da Bahia. O Ato Público acontecerá na Praça da Misericórdia nesta quarta-feira dia (02) às 16h. “A decisão foi unanime na continuidade da greve”, concluiu o diretor da APLB.