Profissionais da saúde ganham sem trabalhar
Da Redação
O advogado e pré-candidato a prefeito de Remanso, norte da Bahia, Marcos Palmeira (PCdoB) está preocupado com os problemas gerados pela administração José Clementino Filho, o popular Zé Filho (PR) que está a frente da administração há três mandatos. Palmeiras afirma que a cada ano, a população sofre diante das circunstancias nas áreas de saúde, educação e infraestrutura.
“É uma administração pior do que a outra. São anos de agonia onde o município recebe em torno de R$ 5 milhões todos os meses com uma folha de pagamento de aproximadamente R$ 1 milhão. Enquanto isso, nos setores essenciais a situação é precária. Não existe geração de emprego, a caprinoovinocultura, agricultura irrigada e familiar não existem, ninguém vê uma ação da administração municipal”, relata.
Sobre os acessos para a zona rural, Palmeira afirma que a situação é grave. “São as piores possíveis. Agora durante o período chuvoso resolveu passar a máquina para ludibriar as pessoas. Todos os anos é o mesmo sofrimento com estradas vicinais intrafegáveis, cheias de buracos, costela de vaca, além do perigo de vida que as pessoas correm quando um veículo quebra”.
O advogado relata ainda que o sistema de atendimento à saúde está pra lá de complicado. “Todos os municípios do país são beneficiados com os repasses do Governo Federal, em Remanso o que se vê são postos de saúde abandonados com médicos trabalhando menos de uma hora por dia, em vez de trabalharem 40 horas semanais – isso quando vão. Tem dentista que está de quatro a cinco meses sem pisar no posto e recebendo. O que se vê na administração é o cabide de emprego escancarado”, denuncia.
Com relação a educação, Marcos Palmeira afirma que os professores estão sendo humilhados há anos ganhando salário de fome. “A situação, também, não é nada boa. Há anos, está mofando nas gavetas da administração municipal o Plano de Cargos e Salários da categoria. Os profissionais de educação estão sendo prejudicados ganhando salários irrisórios. Remanso é o município da região que paga o menor salário para professor”, lamenta. Ele afirma que houve quatro representações nos ministérios publico Estadual e Federal com relação a possíveis irregularidades. “São vários desvios de finalidades cometidos, eu fiz duas representações ao Ministério Público Estadual e mais duas ao Federal onde inquéritos foram abertos”, conclui.
A reportagem tentou contato com a administração municipal e não conseguiu. Fica aqui o espaço aberto.