Após ‘fico’ de Doriva, Vasco enfrenta o Internacional em São Januário
Comandante recebeu proposta do Grêmio mas vai permanecer
Se o respeito voltou, ai de quem tentar desafiá-lo. O jogo de sábado contra o Internacional, às 18h30, em São Januário, ficou em segundo plano no Vasco quando o presidente Eurico Miranda abriu o verbo, ontem, e fez duras críticas ao presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, por assediar Doriva. O técnico, por sua vez, rejeitou a proposta tentadora do time gaúcho e, mesmo sem multa rescisória, preferiu continuar na Colina e consolidar sua carreira.
“O presidente do Grêmio não teve atitude de homem”. A acusação de Eurico Miranda veio após a notícia de que o clube gaúcho havia ligado diretamente para Doriva com uma proposta tentadora para ele deixar o Vasco: um contrato de dois anos e salário de R$ 300 mil.
“Tomei conhecimento de que o presidente do Grêmio, de forma muito desrespeitosa à instituição e a mim, como presidente, ligou diretamente para o técnico do Vasco, no meio de uma competição, para formalizar uma proposta milionária. É um fato lamentável, que mostra bem como está o futebol brasileiro”, atacou.
Há seis meses no Vasco e campeão carioca, Doriva, no início da tarde de ontem, já havia informado a Eurico que havia optado pela permanência. Atitude que deixou o dirigente satisfeito, pois sequer existe multa rescisória no acordo feito entre as partes até 31 de dezembro.
“É uma satisfação pessoal ver que ainda têm pessoas que dão mais valor à palavra do que ao dinheiro. Doriva não fez ponderação comigo, me disse apenas que recebeu a proposta e que não a aceitou”, explicou. O treinador, por sua vez, revelou os motivos que o fizeram rejeitar uma proposta tão tentadora.
“Coloquei tudo na balança. O Grêmio é um grande clube, mas o Vasco também é. Nosso ambiente de trabalho é muito bom, construído desde janeiro, e seria difícil chegar em outro lugar agora e fazer isso. Sou feliz, tenho contrato e desejo consolidar o meu trabalho no clube. Acredito no que estou fazendo”, disse o treinador.
Fonte: O Dia