Além do caos no transito, o difícil é encontrar estacionamento
Da Redação
Estacionar o automóvel na área central da maioria das cidades brasileiras é um desafio sem fim. Faltam vagas, paciência e educação de alguns motoristas. A situação é tão complicada que muita gente prefere ir a pé ao centro para resolver as coisas, pagar contas, ir ao banco ou mesmo trabalhar.
A dona de casa Francisca Araújo contou que a solução que arranjou para o problema da falta de vagas no centro foi deixar o carro em casa. “Não dá mais para usar carro aqui em Juazeiro. Além de não ter vaga para estacionar, o trânsito não flui e cada dia aumenta o número de veículos. O melhor e mais rápido é ir a pé, o ruim é enfrentar esse calor, mas é melhor”, desabafou.
De acordo com dados do Detran, atualmente Juazeiro possui 63.901 veículos e muitos deles disputam diariamente as aproximadamente 4 mil vagas nas ruas e principais estacionamentos do centro da cidade. O problema se agrava mais em dias de grande movimento nas agências bancárias e de datas festivas.
Para amenizar o problema, alguns motoristas procuram estacionamento particular. “Não temos muita opção na cidade, são poucos estacionamentos particulares. É a opção para quem não pode e não quer perder tempo procurando uma vaga, além disso, oferecer segurança e comodidade”, disse a promotora de vendas, Thaise Aquino.
Mais o problema não é só no centro da cidade, com aumento da frota de carros e motos, as ruas e avenidas mais distantes do centro da cidade, estão superlotadas também. É o caso da Rua Eduardo Britto. “Como ainda não possui zona azul, muita gente opta por deixar o veículo na rua e caminhar até o centro. Com isso, diminui o número de vagas em algumas ruas e avenidas, que já anda com o espaço no limite”, lamenta o comerciante Josué de Souza.
O mototaxista Ozaniel Quirino – que trabalha há 4 anos pelas ruas da cidade – mostra-se indignado com o problema. “A situação é braba, a cidade está pequena para a quantidade de veículos, isso acaba prejudicando as pessoas que dependem de transporte automotores, aqui mesmo na Rua Barão do Rio Branco em horário em que os bancos estão funcionando é impossível achar vaga para estacionar”.
Por outro lado o empresário, Carlos Santana, 39, sabe da dificuldade e diz que na última segunda-feira (26) precisava ir à Avenida Adolfo Viana, por volta de 12h30, e ficou mais de 20 minutos procurando vaga. “Perdi muito tempo. Dei algumas voltas nas ruas próximas do Centro e só consegui achar na Rua Quintino, longe do centro, mas não tinha outra opção”, lamentou.
Ainda devido ao aumento de veículos, condutores estão procurando lugares distantes para estacionarem. Nas proximidades do Estádio Adauto Moraes, bairro Santo Antonio, dentre outros.