Preço de remédios em SP varia quase 1.000%, mostra pesquisa do Procon
Mônica acredita que a concorrência pode resultar em vantagens aos consumidores. Para aproveitá-las, a saída é pesquisar. “Existe uma lista em revistas especializadas que estão disponíveis nas farmácias e o consumidor tem acesso [a essa relação]. Ele pode saber o preço máximo de qualquer medicamento, tanto de referência quanto de genérico”, destacou. Ela acredita que a medida é interessante, sobretudo, nos casos em que há urgência para aquisição de um remédio. A lista pode ser acessada também no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em relação aos genéricos, a pesquisa não fez diferenciação por laboratório. “Buscamos o produto mais barato”, explicou a supervisora. Mesmo a menor diferença chega a 143,43%. É o caso do cloridrato de clomipramina, de nome comercial Plasil, na versão 10 mg, com caixa de 20 comprimidos. No estabelecimento com o preço mais caro, a fórmula foi encontrada por R$ 4,82. O produto mais em conta custou R$ 1,98. “Algumas farmácias conseguem um desconto muito grande na aquisição do genérico. São muitos fabricantes”, destacou Mônica.
Ao comparar o preço dos genéricos aos de referência, a pesquisa constatou que os medicamentos sem marca custam, em média, 57,72% menos. O Procon-SP alerta que, em algumas drogarias de rede, há políticas comerciais diferentes para cada canal de venda (loja física, telefone e site). A fundação destaca ainda que algumas redes de drogarias são regidas pelo sistema de franquia, não havendo uma política única de preços entre as lojas. Entre as dicas do Procon-SP está pesquisa preços em vários estabelecimentos, inclusive, da mesma rede.