Bancários ocupam ruas de Juazeiro durante protesto
Thalita Bezerra – Ação Popular
Os Bancários de Juazeiro participaram nesta sexta-feira (29) dos protestos contra a terceirização e as medidas provisórias (MPs) 664 e 665, que endurecem as regras para a concessão do seguro-desemprego, abono salarial, pensões por morte e auxílio-doença, do ajuste fiscal proposto pelo governo federal. Também participaram das mobilizações do chamado Dia de Paralisação Nacional o Movimento dos Sem Terra (MST), Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Juazeiro, Sindicatos dos Funcionários da Rede Publica Municipal e Juazeiro e Petrolina, Sindvigilante, SINDAE, dentre outros. Quase mil trabalhadores ocuparam as ruas do centro da cidade portando faixas e cartazes.
Segundo o Presidente Regional do Sindicato dos Bancários, Maribaldes Silva, o popular MNarivaldo, afirma que a categoria também faz pressão para que esses projetos não sejam colocados em prática. “Os trabalhadores dos bancos já estão mobilizados e já mostraram que estão prontos para lutar pela manutenção de seus direitos. Este é um ato nacional que pede que todos os trabalhadores se manifestem publicamente e que ajudem a mobilizar seus colegas em seus locais de trabalho para que possamos construir uma grande greve geral e pressionar parlamentares a acabar com projeto de lei da terceirização”.
“Eles estão querendo rebaixar os direitos dos trabalhadores e a nossa categoria não concorda com isso. Terceirizar um serviço é tirar os direitos dos trabalhadores e estamos também clamando a atenção da presidenta Dilma Roussef que não vete o fim do fator previdenciário, isso é uma conquista para o trabalhador após a sua aposentadoria”, acrescentou.
Maribaldes informou que com a paralisação da categoria os bancos começaram a funcionar depois do meio dia. “Foi uma paralisação parcial nesta sexta-feira e que cada banco define os horários de funcionamento de suas agências, aqui em Juazeiro abriram depois de meio dia.”
Por sua vez, o representante da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Valdinir Sidney, disse que a mobilização de hoje pode ser considerada também uma “etapa de preparação” para uma greve geral no país, a exemplo das recentes mobilizações das universidades federais. “Hoje estamos com um congresso mais atrasado em toda história, o nosso congresso não tem uma representação dos trabalhadores, é uma briga árdua e continuaremos na luta para que os nossos direitos não sejam retirados”.
Brito é filiado ao PCdoB e afirmou que a bancada de deputados de seu partido está trabalhando para tentar barrar a aprovação desses projeto. “A quantidade de parlamentares do partido é pouca mas estão trabalhando ao lado de deputados de outras legendas tentando resolver esse impasse”.