Fim de linha para a Kombi
Quando a primeira Kombi saiu da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, São Paulo, em setembro de 1957, ela dividia as ruas com poucos modelos, como DKW Vemag, Jeeps Willys e Fusca, que, na época, ainda era chamado de Volks Sedan. Hoje, 56 anos depois, todos eles já deixaram há muito tempo as linhas de produção. Menos a Kombi. O Brasil é o único País a produzi-la.
Mensalmente são vendidas cerca de 1.800 unidades. No ano passado, 26 mil Kombis novas foram emplacadas, o que a tornou o furgão mais vendido do mercado nacional. O bom desempenho nas vendas, no entanto, não foi suficiente para garantir mais alguns anos de existência. A Kombi deve sair de linha até o final deste ano. E o motivo é simples. A velha senhora, como é conhecida entre os fãs, não se adaptou aos novos tempos.
O que se comenta é que a engenharia da Volkswagen não conseguiu instalar de forma eficiente um airbag duplo, equipamento obrigatório em todos os carros nacionais a partir do próximo ano. Era de se imaginar, afinal o projeto original da Kombi é do fim dos anos 40 do século passado. O freio ABS, outra exigência da legislação para 2014, conseguiu ser adaptado. Mas não foi o suficiente para garantir um tempo de vida maior à velha guerreira.