Nove OVNIs são vistos pela primeira vez nos EUA
Piloto Kenneth Arnold mostra desenho dos objetos que viu: testemunha fez da data Dia Mundial do OVNI em alguns países
Em seu regresso, Arnold, que trabalhava para o serviço florestal estatal, tentou relatar a cena que testemunhou para o escritório do FBI de Pendleton, Oregon. Ao encontrar o local fechado, o piloto decidiu compartilhar a notícia com o editor do diário East Oregonian. Seu testemunho ganhou uma rápida e inesperada notoriedade que, horas mais tarde, alcançaria todo o país.
Arnold relataria o incidente ante as autoridades com “espírito patriótico” por entender que os objetos voadores de origem desconhecida poderiam representar um risco para a segurança nacional. Além disso, descreve a aparência dos objetos como a de “pratos voadores” denominação que faria história como “discos voadores”.
O episódio teve características difíceis de explicar dado que as velocidades de deslocamento – 2 mil quilômetros/hora – superavam a de qualquer avião conhecido. As observações de Arnold foram relacionadas com outras visões simultâneas realizadas por testemunhas civis, aparentemente do mesmo fenômeno.
Um telegrama da Associated Press dava conta do caso: “Pendleton, Oregon – Nove objetos brilhantes em forma de prato, voando a incrível velocidade e a uma altitude de 3 mil metros foram relatados ontem, 24 de junho, pelo piloto Kenneth Arnold em Boise, Idaho quem evitou especular acerca da origem dos mesmos. Arnold, empregado do Serviço Florestal dos Estados Unidos se encontrava voltado em busca de um aeroplano perdido quando observou os misteriosos objetos às 15h00. Os objetos voavam entre o monte Rainier e o monte Adams no estado de Washington, segundo afirmou, e pareciam fazê-lo em formação.
Arnold indicou ter cronometrado seu vôo e verificou que se deslocavam a uma velocidade de cerca de 3 mil quilômetros/hora. Interrogado acerca do ocorrido, manifestou estar perplexo porem acrescentou ter conversado com uma pessoa, que não identificou, procedente da Califórnia, quem lhe assegurou ter visto objetos similares em 22 de junho sobre as montanhas de Ukiah”.
Em Washington, o Departamento de Guerra afirmou não contar com informações acerca do misterioso acontecimento. Um porta-voz do Exército, surpreso com o relato de Arnold, declarou: “Se nenhum objeto voa tão rápido, salvo os foguetes V-2 que o fazem a uma velocidade próxima de 6 mil quilômetros por hora, isso é muito rápido para poder ser visto”.
Contudo, o relato de Arnold despertou o interesse da imprensa nacional, que propaga a notícia com as mais diversas interpretações, começando a popularizar a expressão “pratos voadores” para descrever o fenômeno.
Paralelamente, a inteligência militar também demonstrou interesse no caso e no próprio Arnold, cujas observações não tardariam a ser questionadas e rebatidas por especialistas das Forças Aéreas e desacreditadas por alguns meios de comunicação.
Por outro lado, as declarações de Arnold começam a receber apoio. Uma testemunha de nome Savage, de Oklahoma City declara ter observado objetos similares, mencionando em seu depoimento um zumbido particular que supôs ser proveniente destes, os quais, além do mais, deixaram traços visíveis no céu. Savage descartou a princípio relatar o ocorrido. Seu caso não seria o único. Seis dias mais tarde o Oregon Daily Journal publicou outro testemunho qualificado.
Em Bakersfield, Califórnia, Richard Rankin, um veterano aviador com mais de 7 mil horas de voo, revelou-se como um das primeiras testemunhas do fenômeno. Conhecedor da tecnologia aérea militar, Rankin não duvidou em afirmar que se tratava de naves não convencionais e jamais vistas.
Durante os dias subseqüentes, começaram a acumular outras desconcertantes aparições de características similares especialmente ao longo da costa oeste, inclusive no Canadá, chegando a contabilizar-se mais de 100 casos. A repercussão tornam os fenômenos capas da maioria dos jornais e o tema começou a preocupar a opinião pública.
A situação escala em poucas semanas a níveis inimagináveis, multiplicando-se as aparições e obrigando militares e cientistas a recorrer às mais diversas explicações para responder às dúvidas e inquietações do público e a negar a existência dos OVNIs em forma de “discos voadores”.