Rebelião política
Da Redação
Insatisfeito com a administração do Prefeito Isaac Carvalho (PCdoB), um membro do PTC fez uma analise política referente ao quadro eleitoral para as eleições de outubro. Segundo ele, não existia reciprocidade da administração municipal com o partido ao longo dos anos. “Tudo que precisávamos era de espaço, sempre fomos tratados com diferenças o que nos obrigou a romper e procurar o nosso próprio destino para as eleições de outubro”.
Ele ressaltou que diante da situação, a maioria dos partidos foi obrigado a seguirem no mesmo destino. “O prefeito se elegeu com o apoio de onze partidos, hoje conta, apenas, com o PSB, PCdoB e o partido de Pedro Alcântara, o PR; vale lembrar que a oposição está a um passo de conseguir o PR e o PP, pois os mesmos são comissão provisória. Mesmo com o PR retornando a base do Governo Federal, o desconforto ainda continua e na Bahia o partido que teve o seu líder maior, o ex-senador César Borges, humilhado e tratado como animal durante as eleições, não poderá continuar a servir de trampolim para o governo do PT em nome de uma família. Todos sabem que o secretário Pedro Alcântara é soldado do exército de todo tipo de governo, briga com colegas do próprio partido e ainda quer transformar a legenda em propriedade particular”, alfinetou.
Ele afirmou ainda que o PSDB pode seguir no mesmo rumo. “O partido foi importante para eleger Isaac mais não foi fundamental para corresponder na reeleição do ex-deputado federal João Almeida, foi usado. Então diante do quadro geral o partido está apenas servindo para atender as necessidades particulares de alguns empresários que todos conhecem. O clima dentro da legenda é péssimo, e a maioria sabe que para continuar sobrevivendo tem que romper com o que aí está. A cada dia cresce a adesão de pessoas que defendem o rompimento imediato, isso pode se consagrar com a aproximação das convenções, basta uma canetada de João Almeida para que isso seja resolvido”, avalia.
“O gestor pensa que a sua reeleição está garantida em apenas segurar as pessoas com empregos e mantendo alguns contratos que na sua maioria não são cumpridos, ele está enganado porque isso já aconteceu em administrações anteriores. Eu me lembro muito bem que no passado jogaram os pés nos partidos da base, comunitários eram tratados como animais, prefeitos não atendiam a população e nem visitava os bairros, seus secretários e assessores eram uns verdadeiros animais no tratamento das pessoas, mas todos os dias estavam no rádio falando de um mundo fora da realidade, quando foi no dia da eleição o povo soube dar a resposta”, desabafa.
Questionado como ficaria a situação dos vereadores Suzana Ramos e Mozaniel Porfírio, ambos do PTdoB. “Em contato com a direção do partido, fui informado que os dois serão obrigados a seguirem as determinações do partido, caso contrário não terão legenda para manter a candidatura da reeleição. Por enquanto eles estão apenas envidando esforços para tentar manter alguns cargos que tem na administração, mas até o dia da convenção tudo estará resolvido”.
“Eu lamento a situação do município porque por onde a pessoa anda encontra sempre escombros, como se a cidade estivesse sido bombardeada. Espero que a oposição se una, que seja escolhido um nome de consenso”, almeja.