Polêmica sobre a Compesa na Câmara
Da Redação
Durante sessão realizada na Casa Plínio Amorim na semana passada, vereadores discutiram sobre a titularidade da Compesa. Pelos discursos na plenária a Compesa será um dos principais assuntos da campanha municipal que se aproxima em Petrolina.
Para a vereadora, Anatélia Porto (PSD) não houve uma audiência pública para discutir com a população o plano de meta da Compesa. “A audiência pública existe com a participação do povo e não aconteceu aqui em Petrolina. O plano de metas é titularidade da Compesa, a Armup não teria autonomia porque não tem titularidade, sabemos sim que existe um plano de metas em ação, um plano de vigência de 20 anos”.
Já a vereadora, Maria Helena (PSB) complementou as arguições da colega Anatélia. “É um plano que está em franca execução, se a titularidade fosse da prefeitura ela sim poderia promover, portanto a titularidade ainda continua com a Compesa”. Por sua vez, o vereador Pérsio Antunes (PMDB) disse que as duas colegas estavam equivocadas e que a titularidade dos serviços é do município.
“Esse plano de metas não contempla a cidade, porque diz que Petrolina precisa de R$ 117 milhões de investimento e 30 anos de saneamento. Quem é o titular do serviço de água e esgoto de Petrolina é a prefeitura, agora precisa interpretar a lei de forma correta, sabemos que a Compesa já levou mais de R$ 200 milhões e nunca deu água de qualidade para o povo”.
O edil Osinaldo Souza (PP), não poupou criticas a Compesa e justificou que pelo menos há 15 anos as representações políticas de Petrolina vem com a mesma conversa de que tudo vai melhorar. “É preciso uma ação urgente para o melhoramento da água nas torneiras dos petrolineses, eu não sou de acordo de ir para conta da Compensa todos os meses R$ 4 milhões e esse dinheiro não ser investido, nós estamos bancando água e esgoto de outra cidade. Ou a Compesa faz um compromisso de responsabilidade ou temos que tomar outra providência. E a titularidade é do município, meu amigo agente tem que ser homem e muito macho, tem que arregaçar tudo e dizer que a responsabilidade é nossa”, conclui.
Todos os dias é grande a quantidade de moradores se queixando dos serviços oferecidos pela Compesa. Quando não é a falta de água, são esgotos estourados, ruas tomadas pelos dejetos fecais formando riachos, ruas intransitáveis, mal cheiro dentro das casas com os dejetos retornando para os vasos, contas com valores elevados mesmo faltando água, e ainda a possibilidade de o consumidor ter o seu nome registrado no SERASA caso não pague pelo o em dia.
Em 2001 foram realizadas três audiências públicas na Câmara de Vereadores onde serviram de trampolim político para as eleições de outubro.
Com informações de Neya Gonçalves/Nossa Voz