Carlos Brandão e Rogério Bahia, ‘a força que vem do povo’, e um novo rumo para Curaçá
Grazzielli Brito – Ação Popular
Com o resultado das eleições 2012, observa-se um grande desejo popular de renovação política, a exemplo disso, na região tivemos a tomada de poder de antigos grupos políticos em vários municípios que a partir de 2013 serão geridos por novas lideranças e partidos políticos em ascensão. Curaçá, Bahia, também se rendeu a esse desejo de mudança e apostou em Carlinhos Brandão (PPS), como novo prefeito da cidade e em Rogério Bahia (PMDB) para vice, pela coligação ‘A força que vem do povo’.
Rogério demonstra muita segurança ao falar sobre a expectativa gerada, pela população do município, para o novo governo, que sucederá 12 anos de gestão de um mesmo grupo político. “Estamos preparados. A expectativa é natural, quando existe uma continuidade de administração. Existem alguns vícios que devem ser detectados e em cima disso, fazer diferente. A nova administração será pautada na participação popular, foi assim durante a campanha e será assim na gestão. Fomos eleitos sem apoio de um vereador de mandato, não tínhamos nenhum vereador, que desse sustentação ao nosso palanque. Quem nos ofereceu a vitória foi a participação popular e vai ser dessa forma durante nosso governo”.
Um vice-prefeito articulado e perspicaz
Para Rogério Bahia a diplomação deflagra um ato jurisdicional, mas representa algo muito maior. “Representa todo o anseio de uma coletividade, haja vista, que dos 19.236 votos válidos tivemos 8.150 votos, aproximadamente 47% do eleitorado. É uma responsabilidade que a gente abraça e repito que estamos preparados”.
Segundo ele a mudança acontecerá de maneira gradativa. “Cada coisa em seu tempo certo, são 12 anos de administração pautada em um determinado grupo. A gente vai de forma equilibrada e sensata detectar as prioridades do município, fazer com que as promessas de campanha sejam cumpridas. Vamos implantar o desenvolvimento participativo que nós propusemos durante a campanha, essa é a preocupação: permitir que a comunidade administre junto”.
Quando questionado sobre a composição da Câmara de Vereadores de Curaçá, Rogério disse que o executivo deve respeitar o legislativo como uma espera de poder independente. “Cada coisa em seu lugar. A composição da câmara deve ser discutida entre eles. A gente acompanha com interesse, mas não interfere. Cada coisa tem sua competência isso deve ser respeitado”, disse.
Com a palavra o novo prefeito
O futuro prefeito, Carlos Brandão, fala com firmeza e garante corresponder à população. “Tenho que fazer o que o povo espera de mim, trabalhar e ter transparência com a coisa pública. Vamos arrumar a casa, esse é o primeiro passo, junto com o vice e os vereadores, vamos trabalhar em conjunto. Pensar no bem do município, arrumar a casa e ‘tocar o barco’ é o que povo espera: trabalho com seriedade e transparência”.
Em municípios pequenos, uma mudança de gestão gera bastante temor em relação àqueles que militaram na campanha do grupo da situação, quanto a isso Carlinhos foi contundente. “Acabou a campanha, sou prefeito dos 35 mil curaçaenses, não existe discriminação, vais ser um governo sem perseguição, porque agora sou prefeito de todos”.
Cauteloso, o prefeito eleito disse que realizará uma auditoria na prefeitura assim que assumir. “Tem que ter auditoria, qualquer prefeito que entra precisa saber como estão as coisas. O Tribunal de Contas marca em cima, uma auditoria delimita o fim de uma gestão e o inicio de outra, assumir uma prefeitura sem auditoria é tomar pra si a responsabilidade da gestão anterior, por isso é importante que se faça”, disse.
A transição de governo aconteceu de maneira tranquila
O atual prefeito do município, Salvador Lopes (PT), deu exemplo aos demais gestores que se candidataram a reeleição e não conseguiram se eleger. De forma honesta e responsável nomeou sua equipe de transição e disponibilizou tudo que fosse necessário à equipe do novo prefeito.
“Quero aqui dizer que o processo de transição foi limpo, pautado na estrita legalidade, o atual prefeito publicou uma portaria e não tivemos nenhuma dificuldade, ele não interferiu negativamente em nenhum momento, muito pelo contrário”, elogiou Rogério Bahia.
Carlinhos Brandão também comentou a respeito. “Fico triste quando vejo um prefeito que está no poder não abrir as portas para o novo gestor. Quando isso acontece tem alguma coisa errada, o novo gestor precisa de todas as informações, isso para que a população não seja prejudicada”, finalizou.