Prefeitura de Uauá tenta resolver impasse com professores grevistas apresentando propostas; imprensa é tratada com deboche por sindicalista

Ação Popular

Desde o dia 9 deste mês que a categoria dos professores da rede municipal se encontram em greve por tempo indeterminado no município de Uauá, Bahia. Durante este período, a administração Olímpio Cardoso (PDT) apresentou duas contra-propostas que não foram aceitas pela categoria.

Membro da comissão de negociação, vereador Rosevaldo Loiola lamenta impasse

Segundo o membro da comissão de negociação, o vereador Rosevaldo Loiola (PDT) a administração tem interesse de resolver o impasse, mas devido as condições impostas pelo Governo Federal fica impossível atender todos os pleitos apresentados pela categoria.”Em 1996 foi realizado um concurso de professores, e no final da administração anterior 127 professores foram chamados, isso comprometeu as finanças da atual administração”.

IMG_20150720_111026562[1]

Respeito aos trabalhadores em greve

Rosevaldo reconheceu os direitos da categoria. “Eles estão reivindicando o que é de direito, os 13.01% concedido pelo Governo Federal, mas por outro lado o mesmo governo não deu suporte para que a prefeitura fizesse sua parte. Em vez do governo cumprir com suas obrigações fez foi reduzir o repasse para todos os municípios do país a exemplo do que foi acordado em julho de 2014 quando aumentou o valor de repasse do FPM em 1%, sendo 0,5% que deveria ter chegado agora em julho e mais 0,5 em julho de 2016 o que não aconteceu. O governo reduziu este percentual em 0,25% o que obrigou todos os gestores a suspenderem alguns compromissos”, lamentou.

IMG_20150720_110654939[1]

Esforço

 Mesmo diante das dificuldades, o vereador afirma que a administração está trabalhando para atender no possível a categoria. “A administração está trabalhando para adequar os 13,01%, de forma parcelada, e ainda renegociando dividas anteriores sendo que no final do passado houve alguns decretos que foram de encontro a esse plano de carreira”.

Queda de receita na educação

“Antes de 2001, o município de Uauá tinha mais alunos do que professores, sendo que hoje se tem mais professores do que alunos. Isso se deu devido a uma decisão do governo estadual em matricular alunos do fundamental. Hoje o município e o estado são parceiros e seria bom que houvesse um entendimento para contornar esta situação (…) O Governo Federal repassa para todos os municípios do país valores referente ao numero de alunos na sala de aula, e isso ocasionou na redução dos repasses, e ainda deixou a atual administração numa situação desconfortável quando foi obrigada a admitir os 127 professores”, analisou.

Polêmica na secretaria envolvendo seguranças durante a greve

Durante o período de greve, o coordenador do núcleo da APB-Sindicato,   Francisco-Prolepses adentrou nas instalações da secretaria de educação fazendo manifestações, com discursos inflamados tirando o sossego de funcionários. Para manter a ordem, a Guarda Municipal e a Policia Militar foram acionadas com o objetivo de zelar pelo bem público, e fazer cumprir o que determina a lei, o livre direito de acesso ao trabalho. Em Juazeiro, Petrolina, ou em outros municípios da federação, não foi registrado ainda pela imprensa fato parecido. “A guarda e a policia foram acionadas para acompanhar a greve e zelar pelo patrimônio público. Nunca a administração negou qualquer tipo de informação para os professores grevistas, sempre está de portas abertas. Outra coisa, não houve nenhum tratamento truculento por parte da força de segurança, agora seria impossível  não aplicar a ordem já que o clima dentro do recinto não estava nada bom”, lamentou.

Negociações

“A Prefeitura enviou duas propostas, as quais foram rejeitadas pela categoria. A administração está vendo a coisa caminhando para outro lado e já avalia na possibilidade de acionar o Ministério Público para que resolva o problema. Uma coisa é certa: a administração Olímpio Cardoso está cumprindo o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal e não pode fugir dessa responsabilidade (…) Infelizmente, hoje o Governo Municipal está trabalhando para administrar folha de pagamento”.

Sindicalista trata imprensa com deboche

A reportagem do AP tentou ouvir o líder sindical   Francisco-Prolepses sobre as declarações do vereador, mas foi tratada de maneira deselegante e debochada. “Eu sou dou entrevista com alguém de nosso lado gravando porque vocês da imprensa colocam coisas que não falamos na reportagem”.

Diante das declarações do sindicalista ficou impossível ouvir o representante da categoria.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *