Com dois dias de trabalho até o primeiro jogo pelo Flamengo, amanhã, contra o São Paulo, o técnico Oswaldo de Oliveira colocou sua experiência em campo e adotou um discurso de motivação para recuperar o ânimo do grupo após a derrota para o Vasco pela Copa do Brasil.
A psicologia como estratégia se mostra importante em um momento de racha político na diretoria do Flamengo. Ontem, o vice de finanças Rodrigo Tostes pediu afastamento ao presidente Eduardo Bandeira de Mello para apoiar Wallim Vasconcellos na eleição para presidente.
A ebulição extracampo ajudou a tumultuar o ambiente no futebol, que o novo treinador tenta acalmar. Além de se reunir com todo o elenco e exaltar a qualidade individual e coletiva, Oswaldo injetou uma dose extra aos reservas, que trabalharam em campo com bola e foram os primeiros a perceber o estilo do novo comandante. Com clareza, Oswaldo explicou as primeiras diretrizes do trabalho que pretende implementar.
O técnico quer um estilo de jogo intenso, com os jogadores de frente marcando pressão, enquanto a defesa deve estar atenta o tempo todo aos espaços vazios para não afastar a bola de qualquer jeito. A cada jogada, uma pausa para respirar e ouvir uma orientação.
— Isso é praxe, a gente está procurando adequar a forma que o futebol é jogado hoje. Tirar espaço, contra-atacar em velocidade, usar penetrações — detalhou.
— Como o Flamengo vem de derrotas, natural que haja abatimento, estou procurando reanimar o grupo. Todos participaram da reunião que eu fiz, vou atacar esse ponto. Fortalecer o ego. Que acreditem que ainda temos uma situação muito boa no campeonato — salientou.
Na atividade, Jajá e Gabriel se destacaram. O técnico disse que o elenco tem bom nível, mas não comentou a escalação para amanhã contra o São Paulo nem a formação tática que pretende usar. Jorge e Jonas estão suspensos. Espaço para Armero voltar ao time. No ataque, Marcelo Cirino ainda não deve retornar. Assim como o goleiro Paulo Victor, substituído por César.
Fonte: Extra