Na sala de jantar com os ditadores

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  Kim Jong-Il

  Se houvesse um concurso para definir o ditador mais ‘gastronômico’ do mundo, o norte-coreano certamente seria o vencedor. Kim Jong-Il possuía uma biblioteca de livros culinários, obrigava seus embaixadores a mandar iguarias de outros países a Pyongyang e enviava seu cozinheiro para os quarto cantos do mundo atrás de caviar iraniano, carne de porco dinamarquesa, manga tailandesa, bolinhos de arroz japoneses e o que mais desejasse. Mais de 10.000 garrafas de vinho lotavam sua adega pessoal. Kenji Fujimoto, sushiman do falecido ditador coreano por treze anos, revelou em um livro que o líder comunista “gostava de peixe cru tão fresco que poderia começar a comer enquanto o bicho ainda estivesse se debatendo”. Sua preferência por carne de cachorro – um de seus pratos preferidos era sopa de carne de cachorro – vinha da crença de que a carne desse animal fortalece o sistema imunológico e aumenta a virilidade.

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  Adolf Hitler

  Segundo o livro, o ditador supostamente vegetariano não era, digamos, dos mais radicais – o livro acrescenta que sua motivação para cortar carnes da dieta seria uma tentativa para amenizar flatulência e constipação crônicos. Em diversas ocasiões, ele apreciou (e elogiou) pombo recheado com língua, fígado e pistache. O nazista mantinha uma equipe de quize mulheres degustadoras que provavam os alimentos para descartar envenenamento. E mais: Hitler esperava que elas ficassem 45 minutos sem sintomas antes de finalmente se alimentar.

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  Muamar Kadafi

  Assim como Hitler, Kadafi também sofria com sua flatulência incontrolável. O ditador líbio tomava leite de camelo regularmente, o que poderia ser a causa do problema. O livro menciona uma ocasião, em 2004, em que o ex-premiê britânico Tony Blair visitou Kadafi e foi aconselhado a não provar a bebida. Seu prato preferido era cuscuz com carne de camelo, mas o ditador líbio também gostava de comida italiana, principalmente massas.

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  Fidel Castro

  Comer e beber sempre foram duas paixões na vida de Fidel. No livro, Victoria e Melissa falam dos exóticos projetos do ditador para produzir queijo francês, foie gras e uísque na ilha cubana. A preferência do líder comunista por sopa de tartaruga foi revelada por Celia Sánchez, sua provável amante, morta na década de 80.

• Josef Stalin

  Segundo o livro, as refeições na companhia de Stalin eram muito animadas: duravam cerca de seis horas e vinham acompanhadas de jogos com bebidas alcoólicas, guerras de comida, danças e cantorias. Por outro lado, o ditador não perdia a oportunidade para enfatizar seu poder ao humilhar e expor a fraqueza de seus convidados.

• Benito Mussolini

  Cuidar da saúde do coração era a principal motivação do ditador italiano ao se alimentar. Pensando nisso, ele não abria mão de temperar suas saladas com alho cru, azeite e limão. Aos 40 anos, Mussolini já não bebia nada alcoólico. Além disso, evitava comer carnes, mas não conseguia resistir a uma vitela marinada em ervas.

• Saddam Hussein

  Saddam Hussein tinha pavor de ser envenenado. Cada refeição era preparada simultaneamente em suas doze residências, já que ninguém era informado sobre os ‘planos para o almoço’ do ditador iraquiano. Assim como Hitler, Saddam mantinha uma equipe de degustadores. Em uma ocasião, Uday, o filho mais agressivo do ditador, teria espancado um deles até matá-lo. Como punição, o pai teria lhe dado uma surra e deixado o filho na cadeia por algumas semanas. O livro conta ainda que Saddam gostava de fazer metáforas ao comer azeitonas. Cuspia o caroço “da mesma forma que um dia cuspiria os israelenses do Oriente Médio”.

  Fonte: Veja