Morador de rua baiano recebe ajuda para se formar em direito

  • Laedison vive embaixo do Viaduto do Chá, em São Paulo - Foto: Reprodução | Facebook | Ajudando Laedison

    Laedison vive embaixo do Viaduto do Chá, em São Paulo

Com quase 90 mil compartilhamentos no Facebook, uma publicação de uma estudante chamada Yanca Araújo, pode mudar a vida do baiano Laedison dos Santos, morador de rua em São Paulo e bolsista integral do curso de direito da Uniesp. A jovem encontrou o rapaz por acaso nas ruas da capital paulista e ele contou a história de sua ida para São Paulo [leia abaixo], em 2007, falou da graduação e disse que os seus livros, utilizados para estudar para as matérias da faculdade foram apreendidos por fiscais, o chamado “rapa”, além de roupas e outros mantimentos.

“Passamos a ouvi-lo quando o mesmo nos surpreendeu tirando do bolso sua carteira de trabalho e o documento que comprova sua matrícula na faculdade. Sim, faculdade, bolsa de 100%, último ano de direito na UNIESP. Foi aí que sentimos que tínhamos de ouvir toda a história”, conta a estudante na postagem.

Ele pediu ajuda e a história foi compartilhada pela garota no Facebook por meio da postagem e da criação de uma página no Facebook, “Ajudando Laedison”, que já possui mais de 20 mil seguidores. Segundo a garota, muitas pessoas diariamente tem se oferecido para ajudar o rapaz, tanto com roupas quanto livros para o curso. De acordo com a publicação de Yanca, o baiano perdeu a esposa, não tem filhos, e não tem o apoio da família.

“Quando perguntamos de seus parentes ele disse que tem até o telefone de seu pai, mas que o mesmo o rejeita e disse uma vez que o único caminho dele era ser marginal, então foi aí que ele decidiu que seria diferente”, revela Yanca. Além dela, outras duas amigas, Geovana Silva e Michely Andrade, também estavam no momento do encontro com Laedison e ajudam na arrecadação dos livros e roupas.

Leia a publicação de Yanca:

nega do leite

Esse é o Laedison. Sim, ele é negro, e não, ele não rouba, ele não usa drogas e não me parou pra pedir esmola. Ele viu eu e umas amigas e disse que não costuma parar pra conversar porque as pessoas são rudes, mas que por algum motivo Deus mandou ele ao nosso encontro. Ele começou dizendo “as mulheres são mais gentis, né?” e depois contou atordoado que tinha tentado conversar com um homem antes e o mesmo o respondeu mandando ele ir roubar. Passamos a ouvi-lo quando o mesmo nos

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