Repercute na Câmara de Petrolina confronto ‘Manifestantes x Guarda Municipal’
Da Redação
O ataque da Guarda Municipal contra manifestantes do grupo ‘O Vale Acordou’, para desocupação da calçada da Prefeitura Municipal de Petrolina, na noite de segunda (29) e madrugada de terça (30), foi tema de pronunciamentos na tribuna na primeira sessão pós-recesso da Casa Plínio Amorim. O vereador de oposição Zé Batista (PDT), levantou a questão considerando “inadmissível o comportamento da Guarda”, já Dr. Pérsio Antunes (PMDB) defendeu os agentes municipais.
“As agressões aconteceram por parte de algumas pessoas desqualificadas da Guarda Municipal. A gente não pode deixar impune, nem pode deixar transparecer que esta tudo muito bem. Um guarda municipal sacar de uma arma e dizer ‘eu mato e com dois anos eu saio da cadeia e o outro está morto’, isso realmente é inconcebível. Estamos no século XXI, a ditadura não existe mais. Isso é inadmissível”, declarou.
Vídeo onde Guarda Municipal de Petrolina afirma que mataria manifestante
Sobre a responsabilidade do prefeito Júlio Lóssio (PMDB) no episódio lamentável, Zé Batsita disse: “Eu não quero acreditar que o prefeito teve a capacidade e a insanidade mental de chegar ao ponto de autorizar um funcionário público a fazer uma coisa dessas. Conheço ele bem e sei que não é capaz disso, mas é muita cara de pau de um secretário dizer que não houve agressão, enquanto tem um jovem que sofreu traumatismo craniano hospitalizado”.
O jovem citado pelo vereador é Cleiton Ribeiro de Souza, de 21 anos, que deu entrada no Hospital de Urgências e Traumas (HUT) com traumatismo craniano.
“É necessário que isso seja apurado. Uma guarda municipal deve estar bem aparelhada pra prestar assessoramento a população, guardando inclusive o patrimônio público, mas não sacando arma pra intimidar ninguém não é esse o conceito de segurança pública”, finalizou o edil.
Dr. Pérsio também defendeu, mas defendeu a Guarda Municipal, e disse que o movimento não é pacífico. “Era um movimento pacífico? Invadir uma prefeitura, o local de trabalho do prefeito. Colocar colchões. Isso é pacifico? Agora querem aqui condenar pais de família, que estão sendo ameaçados e discriminados por esses jovens. São chamados de ‘nego safado’, filho disso, filho daquilo”.
E assim foi a primeira sessão da Câmara, no segundo semestre. Na falta de projetos, sobrou espaço para oposição e situação, fazerem seus papeis meramente políticos.