‘Médico pode ter sido executado’, diz presidente de sindicato

Cardiologista foi morto neste sábado durante uma tentativa de assalto na Avenida Brasil. Polícia acredita em latrocínio

PALOMA SAVEDRA
Médico seguia para o plantão no Rocha Faria quando foi surpreendido por bandidos

Foto: Reprodução

O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio, Jorge Darze, quer uma audiência com o secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, para denunciar casos de ameças contra os profissionais da saúde.

Neste sábado, o médico Jorge de Paula Guimarães foi morto durante uma suposta tentativa de assalto na Avenida Brasil. Ele saía de uma clínica, onde trabalhava, no bairro de Piratininga, em Niterói, e seguia para o Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste.

A vítima foi baleada na cabeça, dentro do carro, na Avenida Brasil, altura de Barros Filho, quando seguia para o Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, onde trabalhava desde 2002.

Para a Divisão de Homocídios (DH), que investiga o crime, a principal hipótese é de tentativa de assalto seguida de morte. Segundo Darze, a polícia não deve descartar a hipótese de execução.

O médico diz ainda que são recorrentes as ameaças feitas aos profissionais da área, especialmente aos que trabalham em hospitais públicos e peritos do INSS.

“Queremos essa audiência para tratar desse assunto. A morte do Jorge Guimarães está nebulosa. Ele não foi furtado, foi baleado sem ter sido roubado, em plena Avenida Brasil. O latrocínio não pode ser a primeira hipótese. Ele pode ter sido executado”, disse o presidente do sindicato.

Darze lembrou ainda que não há policiamento adequado nas proximidades das unidades de saúde: “Temos médicos de hospitais públicos vítimas de ameaça à integridade fisica, peritos do INSS que vivem essa situação mais que diariamente”.

De acordo com o presidente do sindicato, é preciso de uma política de segurança nas agências do INSS e nas unidades de saúde.

“Há casos de acompanhantes mais exaltados que não aceitam os diagnósticos dados e chegam a fazer ameaças sérias. Isso se dá pela ausência do policiamento e pela precariedade nos serviços dessas unidades. Muitos também saem de plantões em horários em que o policiamento não é ostensico e que colocam em risco a vida dessas pessoas”, acrescentou.

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