Presidente da Assembléia teme possível envolvimento de funcionários e colegas na Operação da Policia Federal
O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Marcelo Nilo, afirmou, nesta quinta-feira (5), que vai pedir à Polícia Federal o nome de servidores eventualmente apontados nas investigações da Operação Infecto – deflagrada nesta quinta. “Primeiro, eu estou tomando conhecimento agora disso, mas, se tiver algum servidor envolvido, eu adotarei as medidas necessárias e cabíveis”, apontou, em entrevista ao Bahia Notícias. Nilo isolou ainda a possibilidade de um grupo de servidores da AL-BA agir. Para o presidente, “deve ser uma ação isolada”. “Ele vai ser punido se eu tiver as informações”, reforçou. O deputado refutou ainda a possível ligação entre prefeitos acusados e ele. “Nenhum dos prefeitos é ligado a mim. Pelo que me passaram, são prefeitos de cargos anteriores. Não tem nenhum ligado ao meu grupo político”, apostou.
Complicação
Mas a preocupação de Nilo deve ir mais além já como houve uma operação da própria Policia Federal envolvendo um deputado estadual e pode atingir outros membros da casa. Um dos exemplos foi o caso Operação Detalhes, da Polícia Federal, onde o deputado estadual Roberto Carlos (PDT) foi denunciado à Justiça em agosto de 2013 pelos crimes de peculato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Além dele mais onze pessoas foram denunciada. O processo se encontra no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Em abril de 2012 a Polícia Federal fez pente fino no gabinete do deputado e o relatório apontou que ele mantinha funcionários “fantasmas” na Assembleia Legislativa que receberiam entre R$ 3 mil e R$ 8 mil e transfeririam parte dos valores para contas bancárias dele próprio e de parentes. Na época, Nilo fazia parte do mesmo partido de Roberto, e o fato causou um grande impacto negativo na Assembléia Legislativa com o caso sendo divulgado em páginas policiais da grande imprensa do país.