Não foi fácil, como nunca foi para o alvinegro desde o ano passado, mas o grito pôde enfim sair da garganta e do coração do torcedor: o Botafogo é campeão da América! Em enredo épico, com um a menos desde o primeiro minuto de jogo, o time de Artur Jorge venceu por 3 a 1 no Monumental de Núnez, em Buenos Aires, e conquistou a Copa Libertadores pela primeira vez em sua história.
O Glorioso garantiu o título em sua primeira final de Libertadores na história. Na campanha, eliminou Palmeiras, São Paulo e Peñarol das oitavas à semifinal, com direito a uma goleada por 5 a 0 sobre os uruguaios.
A partida começou com de forma dramática. Com menos de um minuto de jogo, o volante Gregore subiu demais o pé em dividida e acertou o rosto de Fausto Vera. O árbitro Facundo Tello não teve dúvidas em expulsar o volante.
Com um a menos, o Botafogo precisou que atletas como Almada e Luiz Henrique se desdobrassem na marcação enquanto tentavam aproveitar os espaços que o Galo, que apostava nos cruzamentos, dava.
Foi num desses lances que o time de Artur Jorge fez 1 a 0. Com muito espaço pela esquerda, Luiz Henrique levou para dentro e cruzou para trás. Marlon Freitas tentou finalizar, a bola rebateu e sobrou nos pés de Luiz Henrique (que foi eleito melhor do campeonato), que fuzilou para abrir o placar.
O gol deu ao Botafogo, mesmo com um a menos, o momento do jogo. E num lance que parecia despretensioso, Luiz Henrique tomou a frente da defesa alvinegra e acabou sendo derrubado pelo goleiro Éverson. Tello foi ao monitor do VAR e marcou a penalidade, muito bem cobrada por Alex Telles.
Segunda etapa tem pressão do Galo
No segundo tempo, o técnico Gabriel Milito fez mudanças profundas. Desfez a linha de três zagueiros e colocou o lateral-direito Mariano (que fez bom jogo), o meia Bernard e o atacante Vargas em campo. Esse último fez a diferença para transformar o jogo: apareceu entre a defesa do Botafogo e marcou o gol de cabeça em escanteio que diminuiu o placar.
A partir dali, o Atlético passou a ter a bola a maior parte do tempo e pressionava de todas as formas. Hulk criou muito aberto pela direita, mas a bola não sobrava à feição para o ataque do Galo. Nem a entrada de Alan Kardec melhorou a força ofensiva do time mineiro.
Vargas ainda teve duas ótimas chances, mas mandou por cima do travessão na primeira e errou tentando encobrir John no segundo.
O Botafogo fez o que foi preciso, se defendeu e gastou o tempo quando necessário. No último minuto, depois de tanta pressão sofrida, Júnior Santos fez o terceiro para explodir a torcida, em peso no Monumental. A América é gloriosa!