A culpa é da governadora

Opinião

Investimento da ordem de R$ 1,8 bilhão, a Escola de Sargentos do Exército (ESA), planejada para o Nordeste em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, está na iminência de ser perdida pelo Estado. Se isso ocorrer, só há uma culpada: a governadora Raquel Lyra (PSDB), que não move uma palha para superar as dificuldades ambientais que surgiram e acelerar o projeto.

Ao invés de se abraçar com o Exército, que encontrou lá atrás um grande parceiro, o Governo do PSB, Raquel criou um Grupo de Trabalho e a Escola está entrando num processo de judicialização. “Se por qualquer motivo, tivermos problemas jurídicos, ou problemas ocasionados por questionamentos ambientais, vamos levar a Escola para a segunda prioridade, as cidades de Santa Maria (RS) ou Ponta Grossa (PR)”, alertou o general de brigada Nilton Moreno.

Ele é um dos principais responsáveis pelo projeto e um defensor incansável pelo empreendimento em Pernambuco. “Se tivermos judicialização aqui, estes são os dois fatores que podem tirar o projeto de Pernambuco. Vamos chorando, porque não queremos deixar Pernambuco, para a segunda opção, mas este é um dado da realidade”, acrescentou. Esse alerta foi dado pelo militar num café da manhã no Comando do Exército na semana passada e até agora a governadora não deu um pio.

A Escola de Sargentos do Exército está prevista para ser construída em 2027. A falta de interesse do Governo de Pernambuco reacendeu a esperança do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) de ver sua Santa Maria, no Rio Grande do Sul, de volta ao páreo para sediar a ESA. Pozzobom está de malas prontas para aterrissar em Pernambuco, falar com o Ministério Público e entender quais são os impasses que dificultam a instalação da ESA.

“Nós não desistimos. Não perdemos a esperança. É importante ressaltar que dos nossos compromissos com o Exército, 60% do que tinha sido pactuado já foi feito pela Prefeitura para receber a ESA”, disse. Para isso, ele está construindo a Perimetral Dom Ivo, a ponte do Colégio Militar e uma rede de água para a escola no Boi Morto, bairro mais afastado do centro, para fazer a energia elétrica chegar e atender todos os requisitos do plano diretor do Exército.

Estados concorrentes – Além de Santa Maria, a cidade de Ponta Grossa, no Paraná, também está na fila e disposta a aceitar as condições para sediar a Escola de Sargentos do Exército. O anúncio de que Pernambuco iria ser a sede da ESA aconteceu em outubro de 2021. Na época, o Alto Comando do Exército destacou a união de políticos, empresários e a sociedade pernambucana em torno do projeto como um dos diferenciais que fez escolher o Estado, mas com a mudança de governo o Exército não viu mais nenhum esforço por parte do Estado.

Por: Magno Martins

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