A OAB que não presta contas

Opinião

A respeitosa Ordem dos Advogados (OAB) não é obrigada a prestar contas a nenhuma entidade externa, porque as anuidades cobradas aos advogados não tem natureza tributária.

A OAB nos ensina que os advogados devem prestar contas aos clientes. Mas, não presta contas diretamente aos advogados do que arrecada.

A OAB luta por suas prerrogativas e o esforço pela valorização da classe, para que possa atuar livremente, protegendo os pilares do Estado de Direito, visando à defesa da Justiça.

Há ditosos tempos antigos, quando advogados foram além dos autos dos processos, eles denunciaram a tortura e a ditadura militar.

Sobral Pinto, o maior advogado desse país e defensor dos direitos humanos nos anos de chumbos, morreu pobre, à míngua, já velhinho e nunca aceitou qualquer tipo de privilégio, nem uma remuneração aprovada em lei, no Congresso Nacional, como Defensor Público Honorário.

Mas, em Juazeiro, também, há privilégio para advogado. Isto é, não pega fila em banco, por ordem de uma lei municipal esdrúxula e imoral que deve ser revogada na próxima legislatura.

Muitos dirigentes da OAB, Brasil a fora, com o ego exacerbado, no conforto do poder e apenas defendendo os próprios interesses, não tem a dimensão do que representa para a saciedade.

A OAB Bahia arrecadou mais de 43 milhões de reais no ano de 2023, mas é o Estado recordista de advogado pobre. São mais de 60 mil advogados no Estado, sendo 30 mil inadimplentes com as anuidades.

Dia 19 de novembro próximo, terça-feira, haverá eleição para OAB-BA, todavia, os mais de 60 mil advogados querem saber se haverá Choque de Gestão, Fim da Gastança do dinheiro dos Advogados e Congelamento das Anuidades para os próximos três anos do novo mandato.

Escrito por Henrique Rosa, advogado militante há 40 anos.

 

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