A Ópera dos Malandros, com base no texto de Vitor Hugo Soares

Julho 2012 assinala os 34 anos da estreia da Ópera do Malandro, no Teatro Ginástico do Rio de Janeiro, no tumultuado ano de 1978. A peça seria não apenas fato artístico e jornalístico de destaque, naquele ano, mas um dos marcos mais representativos e polêmicos na arte do teatro musical e político no Brasil da época, com desdobramentos na cultura e nos costumes fortemente presentes ainda hoje.

Mas o que pretendo, com esta recordação, é chamar a atenção para a “vida real” no Juazeirol de 2013, nestes dias de barulhos estranhos e de armações mais que significativas na aprovação de contas do prefeito Isaac ou na contratação de Ex-prefeitos de municípios vizinhos condenados ou derrotados.

È armação de fazer inveja a qualquer quadrilheiro.

Um dos maiores exemplos de torpeza é, sem dúvida, o que reuniu, na câmara, vereadores disposto a contrariar a sugestão de juristas e técnicos que recomendavam a rejeição das contas do prefeito e, os incautos edis optaram em servir a conveniência do patrão e, a revelia da ignorância, pelo total desconhecimento, disseram amém a imoralidade.

Mal comparando, episódios como este, protagonizado pela “egrégia câmara” só mesmo as armações de Jasão para explorar a ingenuidade da pobre Joana na Ópera do Malandro que terminou por levar a infeliz a loucura de praticar suicídio e tirar as vidas dos seus próprios filhos..

Parece que Juazeiro assiste a uma monumental e desastrosa reapresentação, ao vivo, da grandiosa obra de Chico Buarque de Holanda, dirigida por Luís Antônio Martinez Corrêa. Desta vez com péssimos e ridículos atores, ao contrário do fabuloso elenco da peça original.

A dor da gente não sai no Jornal…….

Juarez Bahia, premiado e sempre lembrado mestre da teoria e da prática do jornalismo brasileiro, escreveu: “é preciso usar a memória para contextualizar os fatos”.

A encenação destes dias mereceria talvez uma pequena adaptação no título. Da original Ópera do Malandro, de Chico, para “A Ópera dos Malandros” atual, de autores diversos e mal identificados.

Lucien Paulo

Voltei!!!!

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