Miro apontou que “ninguém mais aguenta” viver em um cenário de constantes denúncias de corrupção, arrastões, assassinatos de policiais e até de crianças, sem respostas efetivas das autoridades. Ele elogiou a postura de Lula em chamar o debate para o mais alto nível da administração federal, afirmando que “o presidente trouxe a questão para o seu gabinete, sem tirar o corpo fora, como muitos prefeitos fizeram nas campanhas municipais”. Para ele, a atuação de Lula é fundamental para promover um diálogo entre União, estados e municípios, colocando a segurança como uma questão constitucional e de interesse nacional.

“Não é falta de leis”, disse Teixeira, lembrando que o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) já existe, mas que o esforço integrado entre os estados e a União precisa ser intensificado. Ele enfatizou que, caso as negociações com os governadores não avancem, o plebiscito pode ser a ferramenta para que a sociedade decida. “A própria Constituição prevê que a soberania popular se exerce também pelo plebiscito. É uma forma de a população expressar seu desejo de uma atuação mais firme do Estado no combate ao crime”.

Ao ser questionado sobre a viabilidade de um plebiscito, Miro afirmou que sua organização exige transparência e preparação, com campanhas educativas para esclarecer à população sobre os temas em discussão. “O Brasil já tem leis que regulamentam o plebiscito, e é essencial que todos entendam o que está em jogo. A população deve ser informada para decidir de maneira consciente”, destacou o ex-deputado.

Teixeira também rebateu críticas de alguns governadores, como Ronaldo Caiado, que alegaram que o sistema único de segurança pública seria uma interferência federal nas competências estaduais. “O crime é um fenômeno internacional e interestadual, que atinge todos os estados. Não podemos tratar a segurança pública como um problema isolado de cada estado”, reforçou Miro, destacando que a integração é essencial para combater a violência no país.

Assista: