Por Juliana Albuquerque
Em pouco mais de oito meses à frente do Executivo Estadual, não há sequer um plano da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, que trate em reduzir a taxa de desemprego no Estado.
Diferente do cenário nacional, em que a taxa de desemprego saiu de 8,8% para 8%, segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad), do IBGE, referente ao trimestre encerrado em junho, Pernambuco lidera o desemprego no País, seguido do Amapá. Os dois, por sinal, foram os únicos a não computar redução na taxa de desemprego.
No caso de Pernambuco, o cenário é ainda maior e mais desafiador. Segundo a Pnad, no segundo trimestre deste ano, já sob o comando da tucana, o Estado retornou ao patamar do primeiro trimestre de 2015, ou seja, no auge da crise econômica que atingiu praticamente todos os entes federativos. Ainda de acordo com a PNAD, 14,2% da população acima de 14 anos de idade está em busca de oportunidade de trabalho no Estado.
Enquanto candidata, Raquel colocou entre suas propostas para reduzir o desemprego em Pernambuco programas focados no empreendedorismo. Entre os citados na época, a criação do “Bora Empreender”. Na teoria, o plano seria disponibilizar crédito para quem empreende no Estado e fazer isso sem burocracia. Na prática, nada neste sentido vem sendo posto em prática desde que assumiu.
“É possível a gente construir um Pernambuco diferente, gerando oportunidade e dignidade para a nossa gente. É isso que nós vamos fazer”, afirmou Raquel, na época em que debatia com a candidata adversária, Marília Arraes.
Pelo visto, a tucana desarmou mesmo o palanque, inclusive, deixando nele as promessas de campanha para as famílias que como ela mesma citava “estão com dificuldade de colocar comida na mesa, pagar as contas de água, luz, aluguel”.
Infelizmente para os que acreditaram que a realidade iria mudar, nunca é suficiente lembrar o velho provérbio popular: “Quem vive de promessa, é santo”, algo que a governadora de Pernambuco anda bem longe de ser.
Análise geral – Em análise dos dados da Pnad, o economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, destacou que o desaquecimento da economia, especialmente na indústria de transformação durante o segundo trimestre de 2023, foi influenciado por fatores como a elevada taxa de juros. Acentuou-se também a significativa queda nas atividades de turismo em Pernambuco. Somente no mês de abril, houve uma redução de 7,4% dos empregos, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Fonte: Blog do Magno Martins