‘Abin paralela’ espionou pesquisadora que ajudou a banir contas nas redes sociais ligadas a aliados de Bolsonaro

A pesquisadora foi espionada por ter revelado que páginas nas redes sociais foram utilizadas para atacar adversários de Bolsonaro

(Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou no governo de Jair Bolsonaro uma pesquisadora responsável por um mapeamento de páginas de apoiadores do ex-presidente que difundiam notícias falsas e ataques nas redes sociais. A vigilância foi feita por meio do programa de espionagem FirstMile, que identificava a localização de pessoas a partir da conexão de dados do celular, informa reportagem do jornal O Globo.Em julho de 2020, um estudo coordenado pela jornalista Luiza Alves Bandeira, integrante da organização sem fins lucrativos Atlantic Council, levou o Facebook a remover 33 contas, 14 páginas e um grupo da plataforma, além de 37 perfis do Instagram, ligados a aliados e a um assessor do gabinete de Jair Bolsonaro.

Além do monitoramento, a Abin produziu um levantamento com foto e informações da pesquisadora. Ela afirmou ao Globo que acredita que foi alvo de espionagem porque estava avançando no combate à desinformação nas redes que apoiavam Bolsonaro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *