Ação indenizatória movida pela delegada Carla Patrícia termina com retratação pública do deputado Coronel Meira

A delegada federal Carla Patrícia Cunha, atual secretária de Defesa Social do Governo de Pernambuco, obteve um desfecho favorável na ação indenizatória por danos morais movida contra o ex-presidente do PTB em Pernambuco e atual deputado federal pelo PL, Coronel Meira, durante uma audiência realizada na 24ª Vara Cível da Comarca do Recife, sob a condução do juiz Gildenor Eudócio de Araújo Pires Júnior.

Durante a audiência presidida pelo juiz Gildenor Eudócio de Araújo Pires Júnior, o coronel Meira retratou-se publicamente e reconheceu que não possui conhecimento de qualquer ato ilícito ou tendencioso praticado pela delegada Carla Patrícia Cunha em qualquer momento. Além disso, ele destacou a integridade e a atuação íntegra da delegada durante sua gestão como superintendente da Polícia Federal em Pernambuco e como corregedora Geral da Secretaria de Defesa Social do Estado.

“Por meio da presente nota de retratação, reconheço que não tenho conhecimento de qualquer ato ilícito ou tendencioso praticado a qualquer tempo pela Delegada Carla Patrícia Cunha, tampouco qualquer vínculo político-partidário relacionado a ela. Reconheço que a sua gestão à frente da Superintendência da Polícia Federal e da Corregedoria Geral da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco foi íntegra e pautada pela legalidade, moralidade e imparcialidade, desconhecendo qualquer ato que desabone a Delegada Carla Patrícia. Por tais fatos, peço escusas e me retrato de todas as afirmações por mim proferidas e repercutidas nos veículos de imprensa até a presente data”, diz a nota de retratação do coronel Meira, que consta do termo de audiência judicial.

Carla Patrícia passou, há cerca de dois anos, a ser atacada periódica e publicamente pelo coronel Meira, que a acusou de “prevaricação” nas redes sociais, em jornais e emissoras de rádio. Meira acusou a delegada de fazer parte da “curriola” do PSB e de “sentar nos processos” que dizem respeito a investigações no estado, quando exercia a função de superintendente da Polícia Federal em Pernambuco. Carla Patrícia, então, entrou na Justiça com uma ação de indenização por danos morais.

“A maior prova da absurdidade das acusações é que Carla Patrícia foi nomeada para liderar a segurança pública em um governo ao qual o PSB faz oposição. É uma pessoa de indiscutível qualificação técnica e moral e foi vítima de ataques que agora são confessados e indiscutivelmente infundados”, disse o advogado de Carla Patrícia Cunha, Ronnie Preuss Duarte. Ele destacou que as acusações infundadas feitas pelo coronel Meira causaram danos à reputação e à honra de sua cliente. Ressaltou, ainda, que a delegada possui uma carreira exemplar na Polícia Federal, sempre pautando suas ações pela seriedade, profissionalismo e compromisso com a justiça.

“A retratação do ex-presidente do PTB em Pernambuco, atual deputado federal pelo PL, corrobora a inexistência de fundamentos para as acusações levianamente feitas anteriormente. A delegada Carla Patrícia Cunha, com sua trajetória ilibada e dedicada ao combate ao crime, teve sua reputação restaurada após este importante desfecho na ação indenizatória”, afirmou Ronnie Preuss Duarte.

Policial federal concursada há mais de 20 anos, sendo quase 15 anos como delegada federal, Carla Patrícia Cunha ocupou o cargo de Superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, sendo a primeira mulher a comandar a PF no estado. Ao longo de sua carreira, ela também exerceu cargos de destaque, como chefe do Núcleo de Inteligência Policial, corregedora regional e delegada titular tanto da Delegacia Regional Executiva quanto da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado.

Com o término da ação, a Delegada Carla Patrícia, que atualmente ocupa o cargo de secretária de Defesa Social do Governo de Pernambuco, espera que a retratação seja amplamente divulgada nos veículos de comunicação onde as acusações foram inicialmente feitas, a fim de reparar os danos causados à sua imagem. No termo de audiência, o coronel Meira também se comprometeu a publicar a nota de retratação nas suas redes sociais – Instagram, Facebook, LinkedIn e TikTok – e não apagar, sob pena de multa de 30 mil reais por postagem que venha a apagar. Comprometeu-se, ainda, a não repetir, direta ou indiretamente, as afirmações objeto do processo sob pena de multa diária. E obrigou-se, ainda, a doar 18 mil reais ao Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), em parcelas de 2 mil reais.

“Este desfecho positivo evidencia a importância da preservação da reputação e da busca pela verdade em processos judiciais envolvendo questões de danos morais, além de ressaltar a necessidade de responsabilidade ao proferir acusações infundadas”, destacou Ronnie Preuss Duarte.

Fonte: Blog Magno Martins

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