Acuado, Temer recebe ordens de FHC

O presidente Michel Temer decidiu ceder à pressão de assessores e aliados e adotar uma agenda de viagens para o Norte e Nordeste, considerados redutos eleitorais petistas.

Segundo a reportagem apurou, um dos principais motivos para a mudança foi o incômodo de Temer com um comentário feito pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em conversas reservadas.

De acordo com relatos de aliados, o peemedebista não gostou da crítica feita pelo tucano de que ele não conhece o país e resolveu mudar a postura.

Em quase sete meses à frente do Palácio do Planalto, Temer não havia até o momento pisado nas duas regiões do país e evitava participar de inaugurações de obras públicas com receio de enfrentar vaias e protestos.

A avaliação, contudo, é que ele precisa se “desencastelar” e ter um diálogo mais direto com a sociedade caso queira reverter os seus baixos índices de popularidade.

A tese é que, assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez na crise do mensalão, Temer deve adotar agenda de viagens para impor pauta positiva diante das crises política e econômica que enfrenta.

Ainda assim, pelo menos por enquanto, a intenção é que as agendas nas duas regiões sejam mais restritas e fora de grandes concentrações urbanas, onde há maior chance de manifestações contrárias à gestão federal.

Na sexta-feira (9), por exemplo, o presidente visitou Pernambuco e Ceará. Nesta semana, há previsão de que ele visite Belém (PA) e o Piauí, onde pela primeira vez participará de solenidade de entrega de unidades do Minha Casa, Minha Vida, programa criado pelo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (folhaPress)

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