Acusado de matar adolescente queimada por causa de gravidez “entrou na viatura cantando e dormiu”
Por Redação
Alisson Ferreira Cerqueira, preso na quinta-feira (23) por matar sua ex companheira, uma adolescente de 16 anos que estava grávida de três meses, por não querer ter filho, aparentemente estava tranquilo após o crime. O titular da Delegacia Territorial de Conceição da Feira, José Antônio, onde o jovem de 22 anos está preso, deu detalhes sobre o ocorrido ao portal Central de Polícia.
O delegado descreveu Alisson como “muito frio e calculista”. “Com o apoio dos policiais da cidade de Valença, ele entrou na viatura cantando. E na condução pra cá, Conceição da Feira, ele dormiu”, narra o profissional.
No interrogatório, questionado por ter pego no sono, ele disse que tem dormido mesmo no dia do assassinato de Eveny Brito Oliveira. Os dois não namoravam oficialmente e, conforme o que Alisson contou ao delegado, haviam feito sexo apenas uma vez e, como consequência, ela ficou grávida.
Na entrevista, o delegado José Antônio narra que ele participava de uma disputa intermunicipal de futebol e trabalhava na Cidade de Conceição da Feira quando conheceu Eveny. Como já tinha dois filhos, um menino de 6 anos e uma menina de 6 meses, Alisson tentou que a vítima fizesse um aborto, sob a justificativa de que teriam um filho no ano que vem.
Ela, apesar disso, queria manter a gravidez. “Ela saiu da escola mais cedo, por volta de 13h30, sob o pretexto que iria ver a mãe, mas ele queria conversar com ela. Uma amiga dela a aconselhou a não ir, mas ela foi e disse que estaria mantendo contato com a amiga, porque ela também estava receosa. Contudo, ela foi pra esclarecer que ela queria o bebê dela. Só que o argumento dela não o convenceu, então ele cometeu esse ato monstruoso”, detalha o delegado.
A menina desapareceu na noite da última terça-feira (21). “Ele a estrangula no carro, vai para uma estrada vicinal, retira do veículo já morta, arrasta uns cinco metros pra fora e, no mato, ele joga combustível e ateia fogo”, narra o representante da polícia civil.
“A família reconheceu de pronto. Ela não estava totalmente carbonizada. Evidente que já tinha dois dias, estava inchada e em avançado estado de decomposição, mas dava pra reconhecer. A mãe logo reconheceu a filha dela”, adiciona.
O suspeito confesso foi encaminhado à sede da delegacia, onde será ouvido pela autoridade policial, e ficará à disposição da Justiça para a Audiência de Custódia. Ele foi autuado em flagrante pelo crime de feminicídio.