Advogado acusa comunitário Paraíba de grilagem e ameaça de morte
Da Redação
Durante sessão ordinária na Casa Plínio Amorim da manha do dia (15), o advogado Vicente Ferreira da Silva em entrevista à reportagem do Programa Nossa Voz, acusou o comunitário Paraíba de grilagem de terras e ameaça de morte. As denúncias giram em torno da regularização fundiária do Loteamento Terras do Sul, que segundo o magistrado, está beneficiando o comunitário Paraíba, que obtém mais de um lote.
“Ele já está condenado pela Justiça desde 2010 como invasor de terras, inclusive invadiu 13 dos meus, ocupando com criação de bodes e está constantemente me ameaçando, em decorrência de um questionamento que fiz na Justiça para reaver as minhas terras. Ele foi condenado como invasor de terras e eu vou apresentar toda a documentação”. Além disso, o advogado diz que já prestou uma queixa de ameaça de morte contra ele na delegacia.
“Ele chegou a dizer ao meio filho em 2010, quando ele tinha apenas 17 anos, que ele não agüentava uma bala e quero dizer que todos os testemunhos estão no inquérito na Segunda Delegacia de Polícia Civil de Petrolina”. Com relação aos terrenos, Vicente diz ter os documentos de 1997 que comprovam a posse de 13 lotes. “Paraíba continua vendendo em Petrolina o que não é dele, colocou um telefone autorizando um senhor do Maranhão vender as terras que são minhas, na Rua 09 no Loteamento Terras do Sul, inclusive tive a garantia na Secretaria de Ordem Pública, do secretário Marcelo Cavalcanti, que eu não sairia no prejuízo”, argumenta.
O advogado ficou surpreso quando se deparou com a notícia de que “o comunitário Paraíba condenado na quarta Vara Civil por ocupação indevida de Terras é um dos beneficiados com terrenos no Loteamento Terras do Sul – terra desapropriada pelo município para regularização”. Na ocasião, Vicente faz graves acusações contra Paraíba. “Ele é acusado de ter uma casa no Maranhão, fruto de ocupação indevida, de matar uma pessoa e vive me ameaçando, tudo isso já está na delegacia e vou passar para as mãos da câmara para que eu fique livre das ameaças”, acrescenta. Através de um contrato de compra e venda com a Construtora JR, o advogado alega ter o direito sobre os terrenos, invadidos por Paraíba no ano de 1997.
“Recebo a garantia que meu terreno seria assegurado e meu nome não está na lista de beneficiários e toda vez que impeço Paraíba de vender algum terreno ele vem com 8, 10 homens embriagados e me ameaça de morte, eu não tenho medo dele me matar, porque se ele me matar ele terá que responder pelo que foi feito. Como é que a Prefeitura escolhe um individuo desta natureza, um criminoso da Paraíba, que já foi preso, e que não precisa de nenhum benefício concedido pela Prefeitura porque tem casa boa, um condenado de ser invasor de terras”, questiona.
Na oportunidade, o advogado diz que quer Justiça, o direito reconhecido de posse do terreno e o nome incluído na lista de beneficiados. “Na época que comprei os terrenos só tinha matagal e custava R$ 500 cada lote, agora valorizou e custa R$ 10 mil cada, por isso essa disputa. Dos 13 lotes que me pertencem, Paraíba ocupou 4 e murou”, concluiu.
Por outro lado, o comunitário Paraíba negou ter invadido os terrenos do advogado. “É triste você batalhar por uma comunidade e acontecer isso, no dia 27 de agosto o prefeito Julio Lossio estava assinando o decreto de lei e dando legitimidade para os moradores do bairro e no mesmo dia o advogado mandou o filho dele derrubar os terrenos sem nenhuma ordem, onde nesse meio foram embora quatro terrenos meus. Em nenhum momento fiz ameaças ao advogado”, conta.
Sobre a posse dos terrenos, o comunitário diz que comprou os terrenos em 2004. “Comprei os lotes e paguei nas mãos de Dona Mirian, tenho toda documentação. O advogado disse que comprou nas mãos da imobiliária e tudo isso é mentira, tenho certeza que essa venda foi feita para as duas pessoas, eu e ele, justamente por isso que estamos nessa luta. Eu sou uma pessoa que ajudo toda população, não existe você trabalhar tanto e do dia para a noite um advogado jogar o seu nome na lama”, esclareceu.
Informações Neya Gonçalves.