Advogado perseguido por Moro defende ação para cobrar R$ 15 milhões do ex-juiz

A indenização seria para repor prejuízo que Moro causará aos cofres públicos com eleição suplementar ao Senado

Sergio Moro (à esq.) e Roberto Bertholdo
Sergio Moro (à esq.) e Roberto Bertholdo (Foto: Jefferson Rudy-Agência Senado I Reprodução)
Por Joaquim de Carvalho, 247 – Caso se confirme a cassação de Sergio Moro, a Justiça Eleitoral terá de realizar novas eleições para um dos três representantes do Paraná no Senado.”Esta nova eleição custará aos cofres públicos algo entre 15 a 20 milhões de reais”, disse por meio do X (antigo Twitter) o advogado Roberto Bertholdo.

Para ele, é justo, portanto, que o ex-juiz seja responsabilizado civilmente para pagar por esse prejuízo.

“Sérgio Moro está prestes a perder seu mandato de senador em razão do abuso do poder econômico praticado por ele nas eleições de 2022. Devido a sua cassação o TSE terá que realizar novas eleições para a vaga que em breve estará aberta. Esta nova eleição custará aos cofres públicos algo entre 15 a 20 milhões de reais. No direito, o causador do dano deve assumir a obrigação de repara-lo. Por isso, tem ganhado força no TSE a tese de que se deve responsabilizar civilmente o ex-comandante da Lava Jato. Traduzindo tudo isso: vai doer muito na parte mais sensível do corpo de Sergio Moro, ou seja, o bolso”, afirmou.

Roberto Bertholdo era um dos advogados mais requisitados no Paraná até ser alvo de processos conduzidos por Sergio Moro.

Para chegar ao advogado, que tinha como clientes, entre outros, o líder do PMDB no Estado, José Borba, e o líder do PP, José Janene, Moro usou o empresário Tony Garcia, preso por decisão dele.

Em entrevista à TV 247, Tony Garcia admitiu ter mentido para incriminar Bertholdo a mando de Moro.

Bertholdo foi acusado de grampear ilegalmente o então juiz e, por isso, acabou preso e condenado. “Não era verdade, e eu sabia, mas Moro me obrigou a dizer isso”, contou.

Pelo seu relato, se não cumprisse a ordem, Tony voltaria à prisão.

Segundo Tony, foi o então deputado federal José Janene quem fez as interceptações e forneceu cópia a ele.

Essas gravações nunca se tornaram públicas, mas revelariam crimes do então juiz, como vazamento de informações de processo sob sigilo a Carlos Zucolotto Júnior, amigo de Moro.

Bertholdo tem dito a pessoas próximas que, no momento oportuno, divulgará as gravações.

Abaixo, a postagem de Roberto Bertholdo:

 

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