O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, chamou de “falsa, irresponsável e criminosa” a matéria da revista “Veja” desta semana segundo a qual teria recebido dinheiro de propina da Odebrecht através de uma conta bancária aberta em Nova York em nome de sua irmã, Andréa Neves.
O senador fez uma petição ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, solicitando acesso à íntegra da delação do ex-diretor da Odebrecht, Benedicto Júnior, que teria feito a acusação a que a revista teve acesso.
A acusação, entretanto, foi negada no final de semana pelo advogado do suposto delator, Alexandre Wunderlich, em contato telefônico com o também advogado AlbertoToron, que defende o senador.
Aécio cobrou a apresentação de provas, como o número da conta e o nome do banco que teria recebido o depósito, e disse que não tem conta bancária nem nos Estados Unido nem em qualquer outro país fora do Brasil.
Quanto à matéria de capa da revista, disse ter proposto aos seus editores que solicitassem ao repórter que fazia a apuração que trouxesse o nome do banco ao qual essa delação se referia “para que, aí sim, pudéssemos juntos – e eu me dispus a franquear uma procuração -, saber se existe ou não uma conta sob a responsabilidade de alguém da minha família ou próxima a mim. Essa reposta não veio”, garantiu.
Na “Folha de São Paulo” desta segunda-feira, o senador volta a desmentir a revista “Veja” no artigo que escreve semanalmente para o jornal paulista. Título: “Mentira vergonhosa”.
Para não ficar desmoralizada, a revista tem obrigação de apresentar as provas do que publicou, já que o advogado do suposto delator também afirma que a notícia é improcedente.