Agricultor revela o drama da seca em Uauá e pede socorro ao Governo do Estado

Redação

A cada dia a seca se alastra mais ainda por todos os municípios do Nordeste. Na Bahia, deputados pedem ao governador Jerônimo Rodrigues mais empenho na ajuda para os municípios prejudicados. Em Uauá, os reservatórios começaram secar provocando prejuízos aos produtores rurais e a economia local com as barragens e barreiros secando obrigando pessoas à baterem na porta da prefeitura pedindo água.

Segundo o agricultor do município, José Marcelo de Souza, mais conhecido como Marcelo Queridinho, morador da comunidade Sítio do Feliciano, afirma que a situação é dramática. “A situação na comunidade está complicada porque água próximo não tem. O reservatório do Arraial secou, o que resta é pouco no Sítio do Tomás. A nossa sorte é que a administração Marcos Lobo está empenhada nos ajudando trazendo água de outros lugares. O que nós precisamos aqui é que  governo do estado nos socorra construindo mais barragens para que tenhamos água para o consumo próprio e para os animais”.

As chuvas que caíram há poucos dias não foram o suficiente para armazenar água nos reservatórios, o que tem provocado mais preocupação aos agricultores. “Há mais de um ano não chove em Sítio do Tomás e Sítio Feliciano. Na região de São Paulinho os pipas estão pegando água na região de Monte Santo, o único lugar que ainda tem água nas barragens”.

Um dos maiores açudes do município fica localizado na sede, mesmo com seu nível baixo, o Rodeadouro ainda continua abastecendo comunidades do interior. “Se não chover, acredito que ainda tenha água nesse manancial por mais seis meses. Nos outros distritos a situação é a mesma. A nossa salvação são os poços artesianos que ainda abastece as comunidades”.

Marcelo Queridinho disse ainda que os carros-pipas administrados pelo Governo Lula, através do Exército, estão realizando um bom trabalho. “São vários carros do exército. A nossa sorte é esta parceria da prefeitura, através da defesa civil, com o exercito porque só Deus teria compaixão de todos nós”.

Além da falta de água no interior, pessoas que moram na sede do município também sofrem com a falta de água em suas casas com esse calor impiedoso. “Tem rua que passa três semanas para cair um pingo de água das torneiras. A única alternativa para resolver o problema é construir uma nova adutora trazendo água do rio São Francisco. Quem abastece a cidade é a Embasa, mas hoje a empresa não tem condições de atender a população”.

Outro fator preocupante está voltado para questão da manutenção do rebanho. “A situação é precária. Quem tem condições está dando a comida na mão, tirando da própria boca. Agora quem não tem é vendo os bichos morrendo de fome e sede, porque se não tiver um poço ou uma barragem, como é que vai dar água?”    

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