O valor corresponde ao que será pago pela União aos familiares das vítimas após celebração de acordos no âmbito de ações que pleiteavam indenização pelas mortes.
Nas ação, a AGU destaca que o comportamento dos militares foi imprudente, desproporcional e contrário às regras de engajamento, tendo em vista que não houve nenhum disparo de arma de fogo contra eles e, mesmo assim, os militares efetuaram centenas de tiros contra pessoas inocentes, que foram atingidas de forma letal.
“Baseamos as ações de regresso no artigo 37, §6º, da Constituição Federal, que prevê que as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”, resume o advogado da União Luiz Fernando Pontes Freitas, que participou da elaboração das petições.
Na ocasião do crime, os militares alegaram que o carro de Evaldo teria furado um bloqueio e que seria roubado. O carro do músico foi alvejado com mais de 80 tiros. O catador Luciano, que foi ajudar a família, também foi atingido pelos disparos e morreu no local.