Aleluia não vê recuo de Geddel e crava: ‘Sou candidato, mas não quero divisão’
Evilásio Júnior
Fotos: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
As declarações do pré-candidato do PMDB Geddel Vieira Lima – que desistiu da tese de antecipação na escolha do nome oposicionista que vai disputar o governo da Bahia em 2014 e lançou a responsabilidade para o prefeito de Salvador ACM Neto (DEM) – não foram vistas como um “regresso” pelo também postulante José Carlos Aleluia. No entendimento do democrata, as quatro opções colocadas ao grupo se mantêm no páreo – ele e Paulo Souto, pelo DEM, João Gualberto, pelo PSDB, além do próprio peemedebista, a quem chamou de “amigo”. “O que Geddel falou não é um recuo. Estamos todos juntos. Evidentemente tem que ter um coordenador no processo. Todos têm marchado juntos e vamos continuar a marchar juntos. Nossa prioridade agora é governar Salvador, mas qual é o principal discurso da oposição? Dizer que tem uma forma diferente de governar. Quanto mais tempo essa prática administrativa [do atual governo] continuar, mas forte fica o nosso discurso”, argumentou Aleluia, em entrevista ao Bahia Notícias, ao ponderar que o prefeito deverá ingressar na campanha, sim, mas no momento oportuno. “O Neto tem dito que o tempo dele tem sido para administrar. É óbvio que ele não deixou de ser um ser político. Mas, para você ter uma ideia, em cada seis vezes que conversamos, uma é sobre política e cinco sobre administração. Não é momento de se fazer cenário. Vamos tratar de política no ano que vem. Nós vamos sair agora da prioridade administrativa para a prioridade natalina. Depois do Ano Novo, aí vamos ver”, brincou o secretário, que recebeu esta semana, em um almoço na sua casa, incentivo de lideranças democratas.
No entanto, Aleluia disse não contar com a preferência do seu partido, embora saliente que o ex-governador Paulo Souto se mantém distante das discussões internas. “Paulo Souto não diz [querer ser candidato], mas tem muita gente no partido que defende o seu nome, assim como o meu amigo Geddel no PMDB e o ex-prefeito Gualberto no PSDB. O meu nome está sendo colocado, mas não há preconceito ou disputa. Eu tenho uma vontade muito grande de ser candidato, mas não recebi nenhuma preferência [do DEM]. Sou pré-candidato com muito gosto, muita vontade e muito empenho, mas não quero divisão”, avisou. A expectativa é a de que o principal adversário – no entendimento dos governistas – do atual chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT) – ou principais, se houver divisão dos contrários entre DEM e PMDB, como ocorreu em 2012 –, seja anunciado após o carnaval de 2014. (BN)