Não nos renderemos ao pragmatismo e conveniência daqueles que querem que a REDE seja apenas ‘mais do mesmo’
Por Yuri Santos- Coordenador de Comunicação da REDE/PE,
Gilberto Sabino – Coordenador de Comunicação da REDE/PE
e Gustavo Henrique – Membro do Elo Estadual da REDE/PE
A REDE é um partido fundado por milhares de pessoas que sonham com a construção de uma nova forma de se fazer política. Porém, em Pernambuco passamos a enfrentar um dilema: ou seguir a coerência, ou se entregar de vez ao pragmatismo e a conveniência daqueles que lutam por outros interesses.
A REDE em seu estatuto e manifesto se caracteriza por ser um partido horizontal, democrático e justo e assim deveria ser. Isso não acontece em Pernambuco, onde a REDE de quem manda no partido faz com que a sigla seja apenas mais um partido centralista, autoritário e conveniente, considerando os filiados como meras peças de tabuleiro, descartáveis ao primeiro sinal de ‘rebeldia’.
Em uma reunião da executiva estadual da REDE, convocada em menos de 24 horas, ficou decidido (sem consenso, com a presença de apenas 10, dos 18 membros, por seis votos a quatro), que o partido apoiará a candidatura de Dani Portela (PSOL) ao governo do estado, sem ter existido nenhuma consulta aos filiados e mesmo com a candidatura da Rede ao Governo do Estado ainda estar constando no site do TRE. A proposta oficial apresentada pelo Coletivo Paulista para Rompimento com o Governo do PSB culminou com o indicativo de candidatura própria, aprovada na Conferência Estadual e aprovada por unanimidade na assembleia soberana e independente da Convenção Partidária.
Na reunião, foi colocado como terceiro ponto o encaminhamento de filiados e dirigentes de Pernambuco ao conselho de ética por infidelidade partidária e descumprimento das deliberações da REDE, sob a acusação de prejudicar a campanha de Marina Silva em nível nacional, mesmo que nós, em nenhum momento, tenhamos demonstrado qualquer tipo de apoio a outro candidato à presidência a não ser Marina Silva. Na verdade, o verdadeiro motivo de quererem nos retirar, junto com muitos outros filiados do partido, se dá por termos denunciado a forma velha, dissimulada e sobretudo antiética de se fazer política, que existe hoje dentro da REDE estadual, e que está se tornando cada vez mais evidente aos olhos dos filiados e da sociedade pernambucana.
O autoritarismo por parte daqueles que se acham donos da REDE não nos intimida, pelo contrário, nos fortalece e nos encoraja cada vez mais a ir a luta. Não nos entregaremos ao pragmatismo de parte da direção da REDE pois temos ética e sobretudo compromisso com as pautas que fizeram as bases para a REDE ser fundada.
Com essas atitudes, a REDE deixa de ser um nascimento ainda na incubadora para já assinar seu atestado de óbito. (JC)