Aliados do PSB querem a “rinha”

eduardocampos

* Inaldo Sampaio

“Se depender de nós, não vamos fazer do debate (sucessório presidencial) uma rinha. Não é o meu jeito de fazer política e nem o de Marina”. Foi este o recado, em português claro e direto, que o governador Eduardo Campos enviou aos seus seguidores após uma troca de farpas entre a ex-senadora da Rede e a presidente Dilma Rousseff. De fato, não é do seu estilo “fulanizar” a eleição e por isso terá muito trabalho para conter o verbo de alguns aliados como o senador Jarbas Vasconcelos, o deputado Beto Albuquerque e o vice-presidente nacional do seu próprio partido, Roberto Amaral. Como Jarbas é dissidente do PMDB e não tem subordinação política ao PSB, conter a língua dele para não espinafrar o PT e o governo de Dilma, como fez na semana passada, não está ao alcance do governador. Mas pôr um freio na retórica verbal de Beto Albuquerque e Roberto Amaral, isso é perfeitamente possível e já foi feito na última sexta-feira.

Eduardo Campos terá muito trabalho para administrar a “língua” de alguns aliados políticos

Densidade recíproca

Marina confidenciou ao pessoal da “Rede” que sua aliança com Eduardo Campos em torno da eleição presidencial foi forjada em cima de um “programa” com o qual o PSB se comprometeu. O governador, por sua vez, relatou também para o seu “staff” que poucas vezes em sua vida pública teve uma conversa tão “densa” e tão “profunda”, politicamente falando, como a que resultou na filiação da ex-senadora ao PSB e no apoio dela à sua candidatura presidencial.
Frustração – O PSDB está convencido de que frustrará milhares de seguidores em Pernambuco se não lançar um candidato próprio ao governo estadual. O partido não esquece o que houve no Recife em 2012. Depois de três eleições sem apresentar candidato próprio a prefeito, os tucanos resolveram lançar Daniel Coelho e ele ficou na segunda colocação com quase 250 mil votos.

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