A Coelba, alvo de queixas em todos os cantos e recantos da Bahia, dos pequenos, que não conseguem nem ligar um motor da cisterna, aos grandes, que entram na Justiça pelo direito de puxar gato, a companhia finalmente vai ser acuada na Alba.
Na véspera do feriadão, a Assembleia funcionou pouco, mas o suficiente para a Comissão de Agricultura convocar (convocação é obrigatória) o presidente da Coelba, Thiago Freire, para ir lá prestar esclarecimentos.
O deputado Robinson Almeida, prefeiturável do PT em Salvador, autor do pedido de convocação, diz que em mix que envolve geração de energia, transmissão, distribuição e impostos, de cada R$ 100 arrecadado ela fica com R$ 42.
Lucro — Disso resulta, segundo Robinson, uma situação espetacular para a empresa:
— A Coelba teve ano passado um lucro líquido de R$ 4,7 bilhões. Para se ter ideia, o investimento da Bahia em segurança, saúde e educação, durante o ano inteiro, é de R$ 4 bilhões.
Ele diz que a Assembleia acompanha a situação de perto. O contrato de concessão da Coelba, firmado em 1997, vence em 2027, mas há algo mais a considerar.
— Em 2024, já no próximo ano, a Coelba pode requerer a renovação do contrato por mais 30 anos. Se dentro de um ano e meio o Ministério das Minas e Energia não se manifestar, a concessão estará automaticamente renovada. É isso que queremos evitar, o silêncio que vai beneficiá-la. A Bahia espera que em 2027 se abra uma nova concorrência internacional.