Mandam a prudência e a moderação, virtudes apropriadas a quem concebe a vida como bem maior, o comparecimento aos endereços divulgados para voltar à carga contra a Covid-19, com a imunização massiva, após alarme de epidemia.
Quem já está no prazo da vacina bivalente não pode hesitar em oferecer o braço, pois o tempo de duvidar ficou no passado: a doença letal ameaça voltar firme se não for enfrentada com vigor e responsabilidade pela cidadania.
Os poderes públicos, unidos pela emergência de manter o controle da enfermidade, estão sintonizados em um só “dial”, o de proteger a população a fim de evitar um indesejado retrocesso e seus efeitos gerais devastadores.
A Secretaria de Saúde do Estado trabalha para monitorar o aumento dos casos, passando de 25 ao dia para quase o dobro, comparando-se a análise dos períodos encerrados em 24 de setembro e 28 de outubro, respectivamente.
Os números saltitantes são atribuídos à baixa cobertura vacinal, em contexto de irracional relaxamento por parte de autoproclamados “imunes”, faltando ao cuidado consigo mesmos, e consequentemente com a cidade onde vivem.
Às vésperas do período das aglomerações, por conta das festas de final de ano e ampliação da atividade turística, o Sars-Cov-2 não tem como mandar avisar, por ser um microorganismo, mas as pessoas devem persuadir-se do alto risco.
Já a Prefeitura de Salvador, em acordo de parceria com o governo estadual, intensificou a campanha, com especial atenção para o momento de alerta, bastando apenas ao beneficiário verificar se chegou a data de comparecimento.
Apenas um entre quatro moradores acautelou-se contra a recidiva da doença, embora continue o vírus circulando, gerando uma sensação de loteria às avessas, na qual ninguém em sã consciência gostaria de ganhar tal “prêmio”.
Chamado “happy hour” (hora feliz, em português), o movimento desenha as dimensões cívica e política, uma vez serem as imunizadas e os imunizados, agentes de proteção de seus corpos e de familiares e vizinhos queridos.