Canavieiros vão se reunir para discutir desapropriações do polo automotivo
Um grupo de canavieiros da mata norte prepara uma reunião para a próxima terça-feira (17) para discutir sobre a desapropriação de sete engenhos nos municípios de Água Preta e Timbaúba para que as áreas sejam utilizadas no polo automotivo de Pernambuco. As desapropriações, assinadas pelo governador Eduardo Campos (PSB) foram publicadas no Diário Oficial do Estado na última terça (10). De acordo com a Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), que organiza o encontro da próxima semana, havia áreas mais próximas do terreno onde está sendo contruída a fábrica da Fiar, em Goiana, e que, por serem mais caras, permitiriam quitar uma dívida de R$ 5 milhões com agricultores adquirida na última safra. Além da AFCP, o Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado (Sindicape) também está à frente do encontro. Juntos, os grupos pretendem analisar se há algo que pode ser feito para reverter as desapropriações.
As áreas desapropriadas pelo Governo do Estado foram os engenhos Arranca e Almecega, pertencentes à usina Putamy, de Água Preta; e os engenhos Cumbe, Juliãozinho, Jussara, Jussarinha e Trincheiras, da usina Cruangi, em Timbaúba. Para a AFCP, o ideal seria que o Estado tivesse ficado com um pedaço do engenho Maravilha, que é maior que as outras áreas e fica situado em Goiana. A diferença no valor ajudaria a quitar a dívida. Além disso, alguns desses engenhos desapropriados têm áreas arrendadas, o que torna mais complicada a situação dos agricultores. (Jamildo Melo)