Apoio a Temer sob risco de ruir após delações

El País – Afonso Benites

Os assessores de um seleto grupo de políticos em Brasília fizeram hora extra neste fim de semana. A esperada “delação do fim do mundo” começou com força e já atinge em cheio o governo Michel Temer e a cúpula do PMDB.

No Palácio do Planalto, o clima é de total apreensão. As razões: 1) ainda faltam vir à tona 75 delações dos executivos da Odebrecht, inclusive a de seu ex-presidente Marcelo Odebrecht, que podem implicar bem mais membros do primeiro escalão; 2) pode surgir uma onda de protestos em decorrência da crescente a rejeição da população à gestão Temer, segundo revelou neste fim de semana o Instituto Datafolha seu índice de péssimo/ruim saltou de 31% para 51%, entre julho e dezembro; 3) parte da superbase aliada de Temer no Legislativo rediscute o apoio a ele e; 4) o índice de eleitores que defendem uma renúncia do presidente e a convocação de novas eleições para este ano é semelhante ao que Dilma Rousseff (PT) tinha antes de sofrer impeachment, era 62% e agora é 63%, também conforme o Datafolha.

 

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