Após depoimento de Delgatti, PF vai investigar associação criminosa em plano de ataque às urnas eletrônicas

A Polícia Federal vai abrir um novo inquérito e quer ouvir o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira após as declarações do hacker Walter Delgatti Neto

Walter Delgatti Neto
Walter Delgatti Neto (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

A Polícia Federal abrirá um novo inquérito com o objetivo de investigar uma possível associação criminosa para comprometer a credibilidade das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral brasileiro, informa Andréia Sadi, do g1. A apuração nasce do depoimento do hacker Walter Delgatti Neto à CPMI do 8 de janeiro.

“A segunda ideia era no dia 7 de setembro, eles pegarem uma urna emprestada da OAB, acredito. E que eu colocasse um aplicativo meu lá e mostrasse à população que é possível apertar um voto e sair outro”, disse o hacker.

O ex-ministro da Defesa de Jair Bolsonaro (PL), o general da reserva Paulo Sérgio Nogueira, deverá ser convocado para prestar depoimento. Isso se deve ao fato de que Delgatti, em sua declaração perante a CPMI dos Atos Golpistas, mencionou ter tido uma reunião com assessores da campanha de Bolsonaro. No encontro estavam o ministro, o coronel do Exército Eduardo Gomes da Silva, bem como outros funcionários. O hacker diz ainda ter participado de cinco reuniões com militares ligados à Defesa.

A proposta de criar um código-fonte falso teria surgido durante uma reunião envolvendo o marqueteiro Duda Lima, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e outras pessoas associadas à parlamentar.

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