Após ‘estreia fácil’, Esquadrão encara dificuldades hoje

Ceni deve optar por não repetir time de quarta

Por: Patrick Levi

Técnico Rogério Ceni pode hoje não usar novatos como Jean Lucas (D)
Técnico Rogério Ceni pode hoje não usar novatos como Jean Lucas (D) – 

Quando o Bahia estreou seu time principal no estadual, grande parcela da torcida foi ao delírio. Não por acaso. O que foi visto na última quarta-feira, na Fonte Nova, foi um verdadeiro espetáculo: 5 a 0, fora o baile, como é dito popularmente no mundo do futebol.

Os estreantes Éverton Ribeiro, Caio Alexandre e Jean Lucas, com o desempenho em campo, fizeram até o torcedor menos otimista imaginar um futuro grandioso pela frente. O ‘professor’ Ceni, por outro lado, seguiu uma lógica mais contida e, mesmo confirmando que a equipe foi bem, ressaltou que o adversário (atual lanterna) não era dos mais fortes do campeonato: “[…] Tem que relativizar a força de cada equipe e ter pés no chão”, afirmou em coletiva pós-jogo.

O duelo de hoje, contra o Bahia de Feira, às 16h, pode ser o primeiro bom teste do Esquadrão na temporada, já que as equipes estão coladas na classificação. Enquanto o Tricolor da capital está em quarto (o último entre os que passam de fase), o campeão de 2011 está uma posição abaixo, e com mesma quantidade de pontos conquistados (quatro). Empatados em saldo, o que põe o Bahia em vantagem é apenas a quantidade de gols feitos: oito a sete.

Curiosamente, os dois clubes já enfrentaram o Jacobina nesta edição do Campeonato Baiano, e o Tremendão também conseguiu um placar elástico. Na primeira rodada, em casa, o time aplicou uma goleada de  6 a 1 no Jegue.

O que há de se levar em consideração também é o sempre decisivo ‘fator casa’. A torcida do Tricolor de Aço tem feito o seu papel e, na Fonte Nova, se torna o 12° jogador. No confronto da última rodada, por exemplo, uma massa vermelha, branca e azul com quase 30 mil pessoas esteve presente e cantando os 90 minutos para o time.

Já hoje, em Feira de Santana, além de não haver esse apoio sonoro tão pujante (o estádio abarca apenas 4 mil pessoas), o gramado sintético da Arena Cajueiro pode ser determinante e um desafio a mais para os visitantes.

Mudanças

O jogo de hoje é um bom teste inclusive para Rogério Ceni, que pretende usar um time diferente do que montou na última partida. Ou seja, é uma prova para saber se o Bahia tem uma equipe que consegue, mesmo trocando peças, manter a boa qualidade. Isso se faz crucial porque, além do Baianão, o Tricolor vai ter mais três competições pela frente (Copa do Nordeste, Copa do Brasil, e Série A). O técnico, em coletiva, abordou essa questão durante a semana.

“O campo [da Arena Cajueiro] é um pouco menor, gramado sintético, rápido, calor. Não podemos repetir o mesmo time, vamos fazer algumas trocas. Objetivo é ganhar jogo após jogo, mas objetivo macro é chegar bem no momento mais importante da temporada, tentar chegar às finais de Nordeste e Baiano, e iniciar o Brasileiro inteiro”, afirmou.

O Bahia de Feira, que não tem nada a ver com isso, busca pontuar de qualquer maneira. A equipe do interior já teve um grande desafio pela frente quando encarou o Vitória, no Barradão, e foi derrotada na segunda rodada por 1 a 0. O treinador da agremiação feirense, Oliveira Canindé, concedeu entrevista e também falou sobre os desafios dessa sequência difícil que teve no torneio e a expectativa para enfrentar um time da elite do futebol mais uma vez.

“Poderia ser um jogo normal, mas por ser contra o Bahia é um jogo de extrema importância, já que nos últimos jogos não pontuamos como gostaríamos […] Temos de todas as maneiras que buscar um resultado satisfatório diante das nossas pretensões na competição”, disse o treinador.

No histórico, até aqui, foram 24 duelos computados entre as equipes. O time da capital leva vantagem grande, já que venceu o dobro de vezes: 12 a seis. A última vez que Tremendão se sagrou vencedor foi em  2021 (3 a 0) – também a sua maior vitória no confronto. De lá para cá, os times duelaram mais duas vezes (um empate, em 2022, e um triunfo do Bahia, ano passado).

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